Quem nunca ouviu frases como essas: “minha mãe dizia que minha avó fazia bonecas de sobra de pano velho e de sabugo de milho para ela brincar”, “meu biso foi soldado da FEB na Itália, disse que nunca imaginou estar numa guerra…”, “dona Maria benzia as crianças com ervas e um facão para cortar mau olhado…” um senhor que morava na roça, fazia imagem de santo entalhada no canivete”…
Pois é, quanta coisa a gente não viu nem experimentou, mais sabe que existiu porque alguém viveu e contou para os seus descendentes, deixou cartas, fotos, objetos que desenharam para nós, uma época, uma paisagem, um acontecimento inimaginado. Coisas que os livros de história registram, mas não com a riqueza de detalhes de quem o presenciou, e até herdou de antepassados.
Essas informações ajudam a entender as nossas origens, e formam um enorme quebra-cabeças, que ao final resulta na nossa imagem contemporânea.
A velocidade do dia-a-dia foi deixando de lado esses diálogos entre gerações, e os hiatos tomaram conta das nossas origens.
Para tentar estimular a volta dessa transmissão de saberes, mesmo que não seja entre familiares, mas, que o conteúdo seja registrado e alimente casas de memória, museus, bibliotecas, páginas virtuais e outras plataformas de salvaguarda, com o intuito de cuidar da cultura de raiz, diminuir a distância entre gerações e, religar histórias importantes perdidas no tempo, é que a jornalista Cláudia Mello – Jornalista MTB 51.238/SP – Ancine 25.791/13 -TV Cidade Taubaté – Caipira Filmes, aprovou junto à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, ProAc 39/2021, o projeto VOZES DA MINHA IDENTIDADE.
A estreia será no dia 30 de março de 2023, às 08 horas, na plataforma Youtube, nos endereços @caipira.filmes (Caipira Filmes Taubaté), @claudiamello70 e @tvcidadetaubaterc, podendo ser baixado e sociabilizado em qualquer tempo, por qualquer pessoa interessada.
Trata-se de quatro videoaulas sintetizando métodos de captação de história oral, sua importância, contexto e forma de fazê-la com o que se tem à mão.
Além de valorizar as memórias das pessoas, a ideia é criar agentes perpetuadores de usos, costumes, saberes e fazeres. Essas histórias também nos revelam a mudança da paisagem local, dos hábitos, dos interesses, das perdas, dos ganhos em todos os setores culturais, de desenvolvimento humano, social, educacional, antropológico entre outros.
Registrar oralidade é tão importante quanto escrever um livro, e há muitas maneiras de fazê-la.
O formato adotado é lúdico, de papo informal, ilustrado com vídeos e fotografias, dividido em quatro episódios que tem entre 05m49s e 14m54s.
O conteúdo se baseia em dicas e formas de:
Como gerar canal de diálogo entre as partes (emissor e receptor)
Técnicas de abordagem.
Criação de elos de confiança e exercício de empatia (principalmente quando o personagem não é conhecido ou membro da família)
Escolha de ambiente
Exercício e uso de elementos externos para estímulo à busca na memória
Percepção do tempo (time) da fonte
Importância do empoderamento, estudos e pesquisas
Elaboração do roteiro
Formas de captação de som e imagem
Como guardar em plataformas ou publicar em janelas exibidoras físicas e virtuais.
SERVIÇO:
VOZES DA MINHA IDENTIDADE
Data: 30/03/2023
Hora: 08H00
Plataforma: YOUTUBE
Endereços: @caipira.filmes (Caipira Filmes Taubaté)
@claudiamello70
@tvcidadetaubaterc
Autora: Cláudia Mello – Jornalista MTB 51.238/SP – Ancine 25.791/13 -TV Cidade Taubaté – Caipira Filmes
Fomento: Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo
ProAc 39/2021
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