A Volkswagen vai adotar um layoff para preservar empregos, renda e saúde dos trabalhadores na fábrica de Taubaté. A medida será aplicada por conta da queda do mercado, provocada pela pandemia de coronavírus.
O layoff está previsto para começar no dia 25 de maio, por um prazo de dois a cinco meses. Com isso, 1.300 trabalhadores devem ter o contrato de trabalho temporariamente suspenso, mantendo uma remuneração de cerca de 95% do salário líquido.
Essa é uma ferramenta de flexibilização já prevista no acordo coletivo de trabalho da fábrica. Os funcionários em layoff vão participar de um curso de qualificação online oferecido pela empresa, com duração de 60 horas semanais.
A suspensão dos contratos busca preservar empregos, mas também tem como objetivo resguardar a saúde dos trabalhadores. Os funcionários do grupo de risco, por exemplo, serão incluídos no layoff. A medida visa ainda reduzir a circulação de pessoas na fábrica.
O layoff será a segunda ferramenta de flexibilização colocada em prática na Volks por conta da pandemia de coronavírus. No último dia 20 de abril, os trabalhadores aprovaram um acordo para redução de 30% da jornada nos meses de maio, junho e julho.
Durante esses três meses, os trabalhadores em jornada reduzida terão uma remuneração correspondente a 100% do salário líquido. O retorno ao trabalho na Volks está previsto para o dia 25 de maio.
“Teremos então duas ferramentas de flexibilização na fábrica. Um grupo de 1.300 trabalhadores em layoff e outro grupo de cerca de 1.800 atuando em jornada reduzida. São medidas necessárias para atravessarmos esse momento, com o objetivo de preservar os empregos e também a saúde dos trabalhadores”, explica o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), Claudio Batista, o Claudião.
Retorno ao trabalho
Para o retorno ao trabalho, previsto para o dia 25 de maio, serão adotadas uma série de ações preventivas para reduzir o risco de contaminação pelo coronavírus. Entre essas medidas estão adaptações na linha de produção, nos refeitórios e no transporte dos trabalhadores.
O objetivo é aumentar a distância entre os funcionários e evitar aglomerações. Além do reforço na higienização e a utilização de equipamentos de proteção, como máscaras, o protocolo incluirá ainda a medição da temperatura corporal dos funcionários.
A indústria é um dos setores essenciais com funcionamento autorizado durante a quarentena no estado de São Paulo. As atividades podem ser realizadas mediante a adoção de medidas preventivas contra a propagação do coronavírus.