O final de ano é, comprovadamente, o melhor período de vendas para o comércio. Os consumidores estão com mais dinheiro disponível às compras e há todo um apelo emocional da data.
Segundo o Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região), o lojista pode esperar um Natal 8% melhor que no mesmo período de 2022. As projeções otimistas estão baseadas, principalmente, na queda da taxa de desemprego e pela geração de vagas com carteira assinada, o que eleva o contingente de pessoas em condições de consumir, e que resulta em uma maior injeção de recursos do 13º salário em relação ao ano passado. Por fim, a desaceleração da inflação registrada nos últimos meses, principalmente sobre o grupo alimentação e bebidas, que tem grande peso no orçamento familiar, e o ciclo de redução da taxa Selic, devem gerar efeitos positivos sobre o poder de compra das famílias e sobre a confiança dos consumidores.
“O momento é muito positivo para o comércio. Fechamos o primeiro semestre com alta de 6,9%, batendo recorde histórico e, tradicionalmente, o segundo semestre é sempre melhor, já que há mais dinheiro disponível no mercado, menos contas a pagar e, este ano, mais pessoas trabalhando”, comenta o presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP, Dan Guinsburg.
Presentes mais caros
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do Índice de Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA ) referentes ao mês de setembro. Com base nas informações da pesquisa referentes à Região Metropolitana de São Paulo, mas que podem ser replicados para a região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, o Sincovat fez um levantamento para saber quais dos itens preferidos na hora de presentear e/ou que fazem parte da ceia de Natal ficaram mais baratos ou mais caros em relação ao ano passado.
O grupo alimentação e bebidas tem sido um dos principais responsáveis pelo processo de desaceleração inflacionária. No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento exibiu variação de apenas 0,36% e itens importantes do dia a dia registraram forte deflação como é o caso das carnes (-12,03%).
Pensando na ceia de Natal, entre os itens que ficaram mais caros, destaque para o tomate (46,36%), cenoura (26,81%); pimentão (18,11%); azeite de oliva (17,56%); ovo de galinha e arroz, cujos preços subiram pouco mais de 15% em relação ao ano passado. Por outro lado, estão mais baratos o óleo de soja (-33,50%); a cebola (-17,26%); a costela e o contrafilé com queda de cerca de 14,7% e o frango em pedaços (-10,59%).
Sobre os itens preferidos na hora de presentear, a má notícia é que apenas itens de alto valor agregado ficaram mais baratos, como os televisores (13,24%) e o computador pessoal (-11,77%). Entre os itens que surgem como boas opções por terem subido menos que a inflação geral estão o relógio de pulso, a bicicleta (2,43%), o brinquedo (5,26%) e itens de vestuário como a bermuda/short masculino (2,31%) e a blusa (5,26%).
Outros itens ligados ao vestuário, calçados e acessórios, normalmente os preferidos na hora de presentear, subiram levemente acima da inflação, como a camisa/camiseta masculina (7,48%), a joia (6,68%) e o sapato feminino (7,18%). Finalizando a lista de itens mais desejados/buscados e que estão mais caros em relação a 2022 estão o perfume (13,74%), livro não-didático (12,91%), e o sapato masculino (12,58%).
Horário de funcionamento
A partir do dia primeiro de dezembro o comércio já pode ampliar o horário de funcionamento das 7h às 23h. Lembrando que a primeira parcela do 13º salário cai na conta dos trabalhadores, obrigatoriamente, no dia 30 de novembro, e muitos consumidores já começam a fazer as compras de Natal. Nos dias 24 e 31 de dezembro é permitida a abertura das lojas das 7h às 18h.