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quarta-feira 25 dezembro 2024
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Vencer as más tendências

• Waldenir Cuin – Votuporanga/SP
“O homem poderia sempre vencer as suas más tendências pelos seus próprios esforços? – Sim, e às vezes com pouco esforço; o que lhe falta é a vontade. Ah, como são poucos os que se esforçam.” (Questão 909 de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec.)
Quando Jesus, em Sua reconhecida sabedoria, sentenciou a célebre frase: “Ajuda-te que o céu te ajudará”, estava informando à humanidade inteira a lei do esforço, pois ninguém, em época alguma, encontrará o sucesso ou as realizações que almeja sem oferecer sua cota de dedicação e perseverança.
É do nosso conhecimento que fomos criados por Deus, simples e ignorantes, com a estrada aberta para conquistarmos a luminosidade de uma vida dentro dos padrões do equilíbrio ou para mergulharmos nas trevas da inércia, onde surgem os monstros vorazes da dor e do sofrimento.
Em verdade, a escolha é totalmente nossa. A bondade divina nos assegura os recursos e nos oferece as condições devidas para que trabalhemos nossas potencialidades, mas a obrigação de fazer, ou o descuido de deixar de fazer determinadas coisas, será deliberação exclusivamente particular, própria de cada ser humano. Portanto, superar as más tendências que ainda insistem em nos manter no fundo do abismo dos desajustes é tarefa definitivamente nossa, onde deve entrar a força de vontade e o idealismo de sepultar os defeitos que temos e sairmos à cata das virtudes que ainda não possuímos.
E ninguém, em sã consciência e perfeita lucidez de raciocínio, poderá afirmar que não tenha inúmeras falhas a serem sanadas, pois todos as temos, e com frequência, de forma abundante.
Aqui é a nossa língua que tem grande ansiedade em comentar sobre a vida alheia, cuidando de problemas que não são nossos, quase sempre deixando de lado os defeitos que possuímos e que estão a rogar corrigenda.
Ali é a preguiça que ainda carregamos, criando dificuldades e nos prostrando no comodismo, ante as tarefas a serem realizadas, onde, via de regra, cobramos dos outros aquilo que também não fazemos.
Mais além surgem a indisciplina e a maledicência gerando em nossa volta o desregramento natural de quem deseja viver sem rédeas, freios e limites, como se tudo pudéssemos e tudo nos fosse permitido.
Noutro lugar aparece o inconformismo e mesmo a revolta contra os desígnios de Deus, onde por vezes gostaríamos que a mundo se curvasse aos nossos pés e que todos nossos sonhos e caprichos encontrassem a realização.
Enfim, como criaturas imperfeitas que ainda somos, são tantos os defeitos a serem corrigidos, tantas as falhas a serem sanadas, que precisamos dispensar enormes esforços para que possamos obter êxito na batalha contra nossas más tendências.
Assim, ao invés de ficarmos observando como vivem as pessoas, como procedem os homens, como atuam as criaturas, declinemos a mesma força, o mesmo ímpeto e a mesma dedicação para descobrir em nós mesmos onde estamos errando, quais são as nossas falhas e lancemo-nos, urgentemente, a saná-las, visando o nosso próprio bem.
Jamais olvidemos que o esforço de cada um será sempre a alavanca firme que nos impulsionará pelos caminhos das conquistas e das realizações. Esforcemo-nos, portanto, e a paz e a felicidade que queremos estarão cada vez mais próximas.