Houve um tempo em que carnaval
Era chamado de tríduo momesco.
Tinha entrudo, uma festa bem legal,
Verdadeiro espetáculo burlesco.
Desfilavam pierrô e arlequim,
Tinha escolas com samba no pé,
Profusão de amor, paz e alegria,
Nas velhas ruas da minha Taubaté.
Cada moça com sua fantasia,
Levava ao público alegria sem fim,
Deixando um rastro de magia
Como se ela desfilasse só pra mim.
Confetes e serpentinas colorem a avenida
Onde desfilei todos os meus sonhos,
Sem saber que tudo passa nessa vida,
E que depois da festa vêm dias tristonhos.
Entre mil palhaços nos salões
Eu buscava pela musa dos meus ais,
Sem saber que as quimeras e paixões
eram ilusões dos velhos carnavais.