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segunda-feira 23 dezembro 2024
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Varejo da RM Vale deve perder R$ 1 bilhão com feriados nacionais em 2024

Número é 5,4% menor com relação a 2023

O Sincovat, em parceria com a FecomercioSP, estimou quanto o comércio varejista pode deixar de faturar nos dias de feriados nacionais e pontes. Em 2024, a expectativa é que o comércio varejista da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte registre uma perda de R$ 1 bilhão, queda de 5,4% em relação ao ano passado. O principal motivo para que o impacto seja menor é que neste ano, quatro feriados cairão no fim de semana reduzindo também o número de “pontes”.

Entre as atividades analisadas, a única que deve registrar um aumento das perdas em relação a 2023 é a de farmácias e perfumarias, com uma alta de 8,6% atingindo R$ 144,2 milhões. Entre as possíveis causas para o aumento, deve-se ressaltar que este segmento vem apresentando sucessivas taxas de crescimento do faturamento nos últimos anos, o que ocasiona um aumento na média diária de vendas, de modo que mesmo com menos feriados em dias úteis o volume de perdas acaba crescendo.

Por outro lado, as perdas das lojas de móveis e decoração devem recuar 19,0%, atingindo R$ 16,8 milhões, mas é importante mencionar que é o segmento de menor faturamento, de maneira que é comum que ocorram grandes variações entre os períodos. Em termos absolutos, a maior redução das perdas deve ser do grupo outras atividades, em que predomina o varejo de combustíveis, ao passar de uma perda estimada em R$ 308,5 milhões em 2023 para R$ 263,8 milhões em 2024.

As perdas das lojas de vestuário, tecidos e calçados também devem recuar na casa dos dois dígitos, passando de R$ 87,4 milhões em 2023 para 77,1% este ano – queda de 11,8%. Por fim, os supermercados devem registrar perdas de
R$ 504,9 milhões, montante 1,8% menor que o ano passado.

Pontos importantes do estudo – O levantamento tem por objetivo somente mensurar uma possível redução de movimento no comércio varejista. Os cálculos foram feitos somente com os feriados nacionais e o propósito não é mensurar a transferência de renda.

“É evidente que em feriados e pontes as famílias gastam mais com atividades do setor de serviços como transporte, bares e restaurantes, etc. Ou seja, se de alguma forma o comércio pode ser prejudicado, o turismo, por exemplo, ganha fôlego nestes períodos e temos várias cidades em nossa região”, comenta o presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP, Dan Guinsburg.

Outro ponto importante é que foram levados em consideração apenas cinco segmentos, os mais sensíveis à compra por impulso. São aqueles que sofrem pelo consumidor não passar numa loja naquele dia após o almoço ou final do expediente e comprar alguma coisa para si ou para a casa. No caso do comércio de bens duráveis (veículos, eletrodomésticos etc.), por exemplo, são compras feitas com programação, ou seja, se o consumidor não for adquirir durante o feriado, ele irá efetuar a compra em outro dia, não havendo, portanto, perda para o comércio.