Número é 7,7% maior com relação a 2024, aponta Sincovat
O Sincovat, em parceria com a FecomercioSP, estimou quanto o varejo pode deixar de faturar nos dias de feriados nacionais e pontes. Em 2025, a expectativa é que o comércio da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte registre uma perda de R$ 1,14 bilhão, alta de 7,7% em relação ao ano passado. Em termos absolutos, representa um aumento de R$ 82 milhões.
Assim como ocorreu em 2024, boa parte dos feriados nacionais deste ano será no fim de semana. Entretanto o número de “pontes ou emendas” será maior, cinco contra apenas duas no ano passado.
A elevação das perdas da região está concentrada no segmento de supermercados – 15,7% , alcançando R$ 627,8 milhões. O setor tem crescido a taxas de dois dígitos nos últimos meses e isso ajuda a explicar esse prejuízo em razão dos feriados.
“ Esse estudo tem por objetivo mensurar uma possível redução de movimento no comércio varejista em algumas cidades. Entretanto, alguns municípios da nossa região são beneficiados pelos feriados pela vocação turística, como as cidades da Serra da Mantiqueira, Litoral Norte e Vale Histórico. Além disso, os cálculos são feitos a partir somente dos feriados nacionais”, explica o presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomércioSP Dan Guinsburg.
Segundo o Sincovat, o propósito da pesquisa não é mensurar a transferência de renda. “É evidente que em feriados e pontes as famílias gastam mais com atividades do setor de serviços como transporte, bares e restaurantes etc. Ou seja, se de alguma forma o comércio pode ser prejudicado, o turismo, por exemplo, ganha fôlego nestes períodos”, diz Dan.
Outro ponto importante do levantamento é que foram levados em consideração apenas cinco segmentos, os mais sensíveis a compra por impulso. São aqueles que sofrem pelo consumidor não passar numa loja naquele dia após o almoço ou final do expediente e comprar alguma coisa para si ou para a casa.
No caso do comércio de bens duráveis (veículos, eletrodomésticos etc.), por exemplo, são compras feitas com programação, ou seja, se o consumidor não for adquirir durante o feriado, ele irá efetuar a compra em outro dia, não havendo, portanto, perda para o comércio.