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sábado 23 novembro 2024
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Varejo da região deve perder R$ 111 milhões no segundo semestre com feriados nacionais

O comércio varejista da RM Vale deve perder aproximadamente R$ 111,2 milhões no segundo semestre do ano, em razão dos cinco feriados nacionais e pontes. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 04, pelo Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região). Esse montante é 15,6% maior do que foi previsto para o mesmo período de 2016.
O setor de supermercados deve perder cerca de R$ 46,6 milhões, em decorrência de feriados e pontes do segundo semestre, crescimento de 8,7% em relação ao ano passado. As perdas apuradas pelo segmento de farmácias e perfumarias devem atingir R$ 12,7 milhões, elevação de 24%. Também devem registrar perdas as lojas de vestuário, tecidos e calçados (aproximadamente R$ 10,3 milhões e crescimento de 14,3% na comparação com 2016) e as lojas de móveis e decoração (em torno de R$ 1,5 milhão, alta de 49,9% – a maior do varejo na região).
Nos cálculos realizados pela FecomercioSP não foram considerados os feriados estaduais e municipais, que também prejudicam, em média, a atividade comercial. Na análise da Entidade, após dois anos de forte recessão econômica – com retrações do PIB de 3,8%, em 2015, e 3,5%, em 2016 –, o número excessivo de feriados e pontes deveria ser revisto, a fim de contribuir para o aumento da produtividade da economia.
Para o presidente do Sincovat, Dan Guinsburg, em nome da modernização das relações trabalhistas, seria oportuno que essa questão fosse debatida, pois o excesso de proteção por meio dessa elevação de custos acaba prejudicando tanto as empresas, que acabam optando por não abrir no feriado, como os empregados, que reduzem seus rendimentos ao deixar de obter as comissões sobre as vendas. “Nós procuramos amenizar essa situação, dando a oportunidade dos lojistas abrirem nos feriados. No entanto, sabemos que os encargos ainda são grandes. É importante que essa pauta seja discutida. Hoje, o varejo da região tem cerca de 100 mil trabalhadores. No primeiro semestre perdemos quase 3 mil postos de trabalho. Só vamos reverter isso se as vendas aumentarem”, explica Dan.