Search
quarta-feira 18 setembro 2024
  • :
  • :

Vale do Paraíba aumenta em 8% o consumo de energia no primeiro semestre de 2024

Vale do Paraíba aumenta em 8% o consumo de energia no primeiro semestre de 2024

Energia excedente seria suficiente para abastecer uma cidade do porte de São José dos Campos por quase dois meses; aquisição de equipamentos de refrigeração, ondas de calor e retomada da atividade econômica colaboraram para o aumento do consumo

O consumo de energia registrado nas 17 cidades do Vale do Paraíba abastecidas pela EDP, entre janeiro e junho de 2024, foi 8% maior do que o do mesmo período do ano passado. Este cenário está em linha com as projeções do Operador Nacional do Sistema (ONS) e da tendência apresentada pelo mais recente Boletim Trimestral de Consumo de Eletricidade da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). No primeiro trimestre de 2024, a região já havia superado o percentual de crescimento nacional.

O aumento regional de consumo no semestre chegou a 289.178 MW/h (Megawatts/hora), energia que daria para abastecer uma cidade do porte de São José dos Campos por quase dois meses. Em uma análise individual, seis municípios da região tiveram destaque no aumento do consumo, com patamares entre 11% e 18%.

No relatório de julho, o ONS informou que a tendência é de que “a demanda de carga volte a apresentar um crescimento, assim como verificado nos (meses) anteriores”.

Em junho, a sinalização era de encerrar o primeiro semestre do ano com um comportamento de crescimento.
Para a EPE, a análise do comportamento de consumo demonstrou que o desempenho positivo do setor de comércio e serviços e as altas temperaturas no país estimularam um aumento médio de 7,3% no primeiro trimestre de 2024. De acordo com a pesquisa de abrangência nacional, a classe residencial correspondeu ao maior índice de aumento, de 12,3%. As classes comercial e industrial também tiveram expansão significativa, com 8,4% e 3,8%, respectivamente.
“Entre os clientes residenciais, o aumento do consumo de energia está diretamente relacionado às mudanças de hábito das famílias em períodos de calor intenso, tais como manter aparelhos de ar-condicionado e ventiladores ligados por mais tempo, além do próprio impacto da temperatura que exige mais dos equipamentos de refrigeração para manter a mesma eficiência”, explica o gestor da EDP, Roberto Miranda.

Entenda por que o consumo aumenta

Com as mudanças climáticas e temperaturas acima da média, a demanda por energia elétrica para climatização e refrigeração também se intensifica. Mesmo sem mudança de hábitos, aparelhos como geladeira, freezer e ar-condicionado consomem mais energia para entregar a mesma eficiência. Em dias muito quentes, o consumo de um refrigerador pode aumentar até 20% a cada 5°C a 10°C acima da temperatura ambiente padrão para a qual o equipamento foi projetado. Esse percentual pode ser ainda maior quando o aparelho é usado diariamente, com abertura de portas, por conta da troca de calor com o meio externo.

Além disso, o aumento do consumo de energia ainda pode variar com base nas condições e características do refrigerador. Esse efeito sazonal indica que, mesmo que uma família mantenha seu comportamento de consumo inalterado, é provável que isso se reflita nas próximas faturas.

O consumo no inverno

Mesmo com o início de um inverno menos rigoroso, é importante ficar atento nesse período ao aumento do consumo dos aparelhos que utilizam a resistência, caso do chuveiro e dos aquecedores. O chuveiro elétrico, por exemplo, pode representar de 25% a 35% do consumo total de uma residência. Em uma família de quatro pessoas, em que cada uma leva 7 a 8 minutos no banho, podemos obter uma média diária de cerca de 30 minutos de uso do chuveiro.

Considerando o consumo do equipamento de 5,5 kWh por dia, o consumo de energia só para o equipamento será de cerca de 82 kWh no mês, o que representaria o acréscimo médio na conta de energia de R$ 60,00 (sem considerar impostos e adicionais de bandeira tarifária).

Diante desse cenário, a EDP reforça aos consumidores a importância de adotar medidas para o uso consciente de energia pelos e dá dicas de economia para minimizar o impacto no orçamento:

Uso consciente de eletrodomésticos

– Opte por usar máquinas de lavar em sua capacidade máxima. O mesmo vale para o ferro de passar roupa. O ideal é reunir um volume de peças e passar todas de uma vez.
– A geladeira corresponde em média a 30% do consumo total de uma casa. Antes de abrir a geladeira, pense no que precisa e diminua o tempo em que a porta ficará aberta.
– A geladeira deve ficar longe de locais quentes, como fogão ou locais que pegam sol. Ajustar a temperatura interna também pode ajudar a economizar.
– Não seque roupas atrás da geladeira e não guarde alimentos muito quentes. Faça sempre o degelo do aparelho, caso o modelo não seja frost free.
– Com relação ao televisor é importante não deixar o aparelho ligado sem ninguém assistindo, assim como outros eletroeletrônicos que devem ser retirados da tomada.
– Evite deixar aparelhos em stand-by e desligue-os quando não estiverem em uso.
– Com o calor, hábitos de inverno devem ser deixados de lado. O chuveiro deve estar na posição “verão” ou, preferencialmente, com a energia elétrica desligada.
– O uso diário de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado é necessário, mas em dias com temperaturas amenas prefira o ventilador. O aparelho de ar-condicionado consome mais energia. Se for usá-lo, coloque-o na temperatura de 23 graus, ou maior, e programe para que desligue automaticamente.

Aproveitamento da luz natural

– Mantenha cortinas e persianas abertas durante o dia para aproveitar a luz solar e reduzir a necessidade de iluminação artificial.
– Sempre que deixar um ambiente, desligue a luz.
– Opte por equipamentos mais eficientes, como lâmpadas LED e aparelhos classificados como de alta eficiência energética para ajudar a reduzir o consumo e os custos.

Manutenção de Equipamentos e instalação elétrica

– Assegure-se de que aparelhos e sistemas de climatização estejam em bom estado de funcionamento, realizando manutenções preventivas regularmente.
– Ao adquirir um produto, o ideal é que o consumidor esteja atento às classificações que constam no selo Procel, que varia de A (mais eficiente) a G (menos eficiente). Opte sempre pelo aparelho de consumo A.
– Sempre manter a instalação interna da residência em bom estado de conservação e com as cargas bem dimensionadas nas tomadas para evitar sobreaquecimento da rede e a chamada fuga de corrente, que aumentam o consumo de energia e trazem risco à segurança de todos, com possibilidade de curto-circuito e até de incêndio.

Mais orientações e dicas em https://www.edp.com.br/se-liga-no-consumo/.