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segunda-feira 25 novembro 2024
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Unitau celebra 25 anos de Iniciação Científica

Há 25 anos, a Universidade de Taubaté (Unitau) reunia estudantes e professores dos cursos de graduação e de pós-graduação para a apresentação de trabalhos no primeiro Encontro de Iniciação Científica (Enic). Nos dias 8 e 9 de novembro de 1996, foram apresentados 46 trabalhos na área de biociências, 46 trabalhos na área de exatas e 34 trabalhos na área de humanas.

A partir daquele momento, a iniciação científica tomou corpo na Universidade e novos encontros foram incorporados com o passar dos anos, como a Mostra de Pós-Graduação (MPG), o Seminário de Administração (SEA), o Seminário de Docência Universitária (Seduni) e o Seminário de Extensão (Semex). A partir de 2012, houve a unificação da agenda, com a primeira edição do Congresso Internacional de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento (Cicted).

O X Cicted acontece, de forma remota, de 20 a 22 de outubro neste ano. A submissão dos trabalhos pode ser feita até o dia 19 de setembro, em conformidade com as especificações das normas gerais do Congresso. O X Cicted acontecerá durante o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações e tem por tema “A transversalidade da ciência e tecnologia e inovações para o planeta”.

A reitora da Unitau, Profa. Dra. Nara Lucia Perondi Fortes, estava presente em todos esses momentos. Em entrevista concedida à Acom/Unitau, a Profa. Nara relembra o início dessa jornada, as mudanças no formato dos eventos e qual é o papel da pesquisa na Universidade do Futuro. Confira abaixo trechos da entrevista, que também pode ser acessada em áudio e em vídeo.

O início – I ENIC (1996)

Profa. Dra. Nara Lucia Perondi Fortes – É um prazer falar sobre o Cicted, sobre o Enic, sobre ciência, sobre pesquisa, um dos pilares que forma o tripé junto ao ensino e à extensão. A Unitau sempre valorizou a pesquisa. Começamos com o primeiro ENIC (1996). Trabalhamos questões regionais e isso é muito importante.

Tínhamos um grupo de professores naquela época que tinha acabado de concluir o mestrado, outros estavam ingressando no doutorado. Nós nos reunimos na PRPPG com a pró-reitora, Profa. Dra. Maria Resende San Martin e falamos: vamos começar a mostrar o que a Universidade de Taubaté faz. Então nós fizemos naquele ano. Foi um evento maravilhoso. Teve uns cento e poucos trabalhos apresentados. E de lá para cá o evento só cresceu.

A jornada – Do ENIC ao Cicted

Profa. Nara – Foi crescendo cada vez mais. Havia também os trabalhos e as publicações de extensão, as nossas práticas de ensino. O nosso aluno não fica só em sala de aula, ele tem a oportunidade de vivenciar pesquisas relevantes nas três áreas de conhecimento. E veio o Congresso, que completa o décimo ano.

Em nove edições do Cicted, mais de 10.000 trabalhos apresentados

Profa. Nara – É muita produção, é muito conhecimento gerado. Faz parte da formação gerar conhecimento. Veja só o que aconteceu com a pandemia. O investimento feito em ciência em todo o mundo foi o que nos salvou. Somos hoje um dos maiores países produtores agrícolas, por quê? Porque houve investimento nas Embrapas. Somos um grande produtor de grãos porque houve investimento em tecnologia na agricultura.

Os institutos e as universidades têm um papel fundamental no desenvolvimento da economia, salvando vidas, e a Universidade de Taubaté faz parte desse contexto. Nós temos áreas importantíssimas aqui, na saúde, na tecnologia.

O papel da Universidade como difusor da ciência

Profa. Nara – Deve ser a geração de conhecimento e a aplicabilidade do que foi desenvolvido nos nossos laboratórios, nas nossas bibliotecas, nas nossas aulas. Não se discute o papel da ciência, da pesquisa, no país. E tem de haver um investimento da iniciativa privada, que usa dessa tecnologia. Essa parceria é fundamental. Nós temos isso. E também (parceria) dos órgãos de fomento. A Fapesp tem de continuar a dar esse investimento. CNPQ, Capes, Finep são órgãos do governo federal que fazem o fomento da pesquisa. É uma iniciativa que tem de ter a Universidade, a iniciativa privada e os órgãos de fomento à pesquisa estaduais e federais.

Uma universidade que gera pesquisa em uma cidade melhora a condição de vida, melhora a economia, os resultados trazem o bem-estar, a mobilidade, o plano diretor, a saúde, a produção agrícola e industrial. O investimento em pesquisa é indiscutível.

Cicted e pandemia

Profa. Nara – Uma opinião pessoal. Claro que isso (evento virtual) facilita muito. Você participar de mais congressos, mais workshops, mais oficinas em diversos lugares do país e até do exterior. Mas um dos objetivos de a gente participar de um congresso é a troca de experiências. Eu ainda defendo aquele diálogo no cafezinho, aquela conversa na apresentação, o corpo a corpo. “Como você fez o seu trabalho?” Até na definição da metodologia que a gente discute na apresentação do trabalho. A troca é muito gratificante, ela vai construindo o seu conhecimento. Quando você participa de um congresso, você volta renovado. Acho que nós perdemos um pouco isso com a pandemia, com o modelo remoto. Conseguimos conduzir uma série de questões de forma remota, mas um congresso que reúne pesquisadores de uma determinada área ou de forma multidisciplinar, com você ali fazendo uma imersão, é muito gostoso, é muito gratificante.

No pós-pandemia, o retorno vai ser gradual, a gente vai conseguir mesclar alguns eventos remotos e outros de forma presencial. Vai ter essa diversidade dentro desse contexto.

Transversalidade da Ciência, tecnologia e inovação para o planeta

Profa. Nara – Já havia um apelo muito grande, mas isso se acelerou com a pandemia. Você não consegue trabalhar isoladamente. É (uma atividade) multidisciplinar e passa por todas as áreas do conhecimento, com o auxílio das ferramentas, sempre buscando aquele apelo da inovação. O tema (do congresso) veio bem nesse momento que estamos vivendo, as vivências, tem muita coisa em que se pode trabalhar, tem muitos resultados gerados nesse um ano e meio de pandemia.

A pesquisa é prioridade para a Universidade do Futuro?

Profa. Nara – Com certeza! A pesquisa é fundamental. O futuro passa pela pesquisa. De onde vem o conhecimento tecnológico? Da pesquisa. De onde vem a inovação? Da pesquisa. É a geração de conhecimento que nos alavanca para esse novo momento.

Convite

Profa. Nara- É um momento importante. Convido todos os nossos alunos, professores, servidores e interessados a participarem de nosso Cicted. E a comunidade em geral. Essa difusão do conhecimento é fundamental por meio de um evento que está tão consolidado em nossa instituição. Venha participar, submeta os resumos, participe das oficinas, dos workshops, das discussões. Com certeza, depois desse evento você se sentirá diferente.