Search
quarta-feira 25 dezembro 2024
  • :
  • :

Um mundo de traidores dentro de um mundo global

Será que estamos vivendo em um mundo globalizado ou sendo globalizado pela nossa própria pobreza? A cada dia que passa as coisas estão sendo colocadas dentro de um processo de globalização que, se impõe a revelia dos sistemas atuais. Muitas pessoas cercadas de oportunismo têm se aproveitado disso para fazer sangrar as massas trabalhadoras usurpando seus direitos em nome de empregos que nunca poderão oferecer.
Hoje, a moda é a palavra empreendedorismo. Uma pessoa tropeça na escada e levanta logo em seguida já empreendedor, mas os empregos que deixam o mercado nunca voltam e a história comprova isso. As coisas não são infinitas e sem trabalho não existe riqueza. Por isso a massa precisa ser alienada para que o sistema mantenha o seu lugar, usando do faz de contas para alimentar a ideia de que há a geração de novas de empregos se os trabalhadores abrirem mão dos seus direitos conquistados com muita luta a partir segunda metade do século XIX , e no caso Brasil na primeira metade do século XX, ou seja, logo após o fim da República Velha e nascimento da Era Vargas.
O poder vindo do alto que institucionalizou a Revolução de 1930 produz certa proximidade do governo Vargas com fascismo italiano que, logo após a Relocução de 1932, que buscava colocar de volta a República Velha no poder abre espaço para uma nova Constituição promulgada em 1934. Ela durou pouco, pois não atendia os propósitos de Vargas. Em 1937, o golpe do Estado Novo fez o Brasil tomar um novo rumo usando a carta Del Lavoro como base para construir o imaginário da ditadura de Vargas que só vai terminar com fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945 Com derrota da Alemanha, Itália, e Japão e a expertise de Vargas em buscar juntos aos aliados novas propostas tecnológicas para o Brasil.
Essas novas propostas tecnológicas trouxeram tecnologia para a criação de empresa como a CSN ( Companhia Siderúrgica nacional de Volta Redonda) , a Vale do Rio Doce e a Petrobras que serviram de base para a instalação de montadoras de automóveis. Essa busca por capitais externos como forma de acelerar a Revolução industrial, trouxeram as multinacionais que com suas remessas de lucros para o exterior, ampliaram a exploração dos trabalhadores que elevaram o êxodo rural levando o campo para a periferia dos grandes centros urbanos.
A globalização da pobreza fez com os mercados se ajustassem ao novo sistema deixando novamente a massas longe do seu trabalho, sem emprego efetivo e com a terra mecanizada que seus donos quando enfrentam dificuldades para limpar os campos para aumentar a produção fazem queimas ou usa de recursos devastadores que prejudica a natureza e os povos que vivem da floresta.
Esse processo parece não ter fim, cada dia que passa o fundo poço parece mudar de lugar, excluindo ainda mais os mais pobres e, com isso empurrando-os para a periferia.
Há hoje, uma gama de desempregos que não terá mais seus empregos de volta. Eles não sumiram com a crise, eles deixaram de existir para que o capitalismo possa continuar a sua existência que muito embora pareça paradoxal, posso afirmar que há certa dialética nisso tudo. Então, só posso dizer que se não houver uma busca mais efetiva para uma boa educação, uma boa saúde, uma boa segurança e uma divisão mais equitativa de rendas não termos mais empregos par todos e, pior para capitalismo o que conta é que se consome. Ou mudamos todos ou seremos todos desempregados tecnológicos vivendo na pobreza sem democracia e governado por homens desprezíveis que , mudam a cada hora de acordo com os interesses dos donos do capital volatilizados de acordo com a vontade da mídia.
Para finalizar só posso dizer que ou a gente opera com os acontecimentos do mundo, ou a gente será consumido pelos acontecimentos do mundo globalizado. Isso pode estar mais próximo do que possamos imaginar e, portanto podemos observar o fim das democracias com aumento de certos grupos radicais que agem com autoritarismo buscando garantir o lugar da exploração social.