Com o fim da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), os últimos militares brasileiros que estavam na nação caribenha retornaram ao País. Desde 2004, o Brasil enviou cerca de 37,5 mil militares das Forças Armadas para a missão.
De acordo com o Ministério da Defesa, a participação das tropas brasileiras contribuiu para a manutenção do ambiente seguro e estável no Haiti; para a cooperação com as atividades de assistência humanitária e de fortalecimento das instituições nacionais; e com a realização de operações militares de manutenção da paz na sua área de responsabilidade.
Os maiores desafios enfrentados pela tropa brasileira foram a pacificação de Cité Soleil, no início da missão, a atuação no terremoto, em 2010, e no Furacão Mathew, em 2016.
Os militares que retornaram na segunda-feira faziam parte do 26º Contingente, constituído pelo Batalhão de Infantaria de Força de Paz, com 181 militares da Marinha do Brasil, 639 do Exército Brasileiro, 30 da Força Aérea Brasileira, e uma Companhia de Engenharia de Força de Paz, composta por 120 membros do Exército.
Passado e futuro
Em fevereiro de 2004, o Conselho de Segurança da ONU criou a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), para restabelecer a segurança e a normalidade institucional após episódios de turbulência política e violência no país caribenho. Desde então, o Brasil ocupou posição de comando do componente militar da missão, que contou com apoio de mais 15 países.
Em abril deste ano, o conselho estendeu por seis meses a Minustah e estabeleceu uma nova operação de manutenção da paz, que terá início em outubro. Dessa vez, a Missão das Nações Unidas para o apoio à Justiça no Haiti (Minujusth), como é chamada, será composta apenas por civis e unidades de polícia.