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domingo 17 novembro 2024
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Tratando a Ciência Magnética Parte 2/2

• Adilson Mota
Por exemplo, é provável que existam vários centros energéticos que ainda não foram descobertos, além de que as funções dos que são conhecidos ainda não foram totalmente desvendadas. Não dá, portanto, para fazer afirmações apressadas com base em observações precárias. Informações sobre novos centros de força são muito bem-vindas, pois representam um acréscimo de conhecimento sobre o sistema vital humano – que eu considero de maior importância para o Magnetismo do que os sistemas orgânicos. Entretanto, as informações precisam ser testadas, avaliadas, bem pensadas, antes de qualquer divulgação. Quando começamos a perceber, há anos atrás, a presença de algo que poderia ser um centro de força na região lombar, constatamos que outros magnetizadores da Instituição sentiam a mesma coisa. Conversamos com Jacob Melo que já sabia da existência desse centro, até que Yonara Rocha o apresentou num Encontro de Magnetizadores com o nome de Meng Mein, quando verificamos que mais magnetizadores tinham conhecimento dele. Pelo que me lembro, a apresentação de Yonara foi baseada em muitas observações e reflexões por parte dela até chegar à exposição ampla desse novo conhecimento. Pouco se sabe, porém, a respeito do centro de força lombar até o momento. Quais as suas ligações com outros centros de força? A que órgãos ele está ligado? Quais as suas funções dentro do sistema energético? Para responder a essas perguntas não se pode ser leviano, há que se pesquisar bastante de modo a construir um conjunto de conhecimentos coerente e de bases sólidas de modo a termos verdadeiramente uma ciência.
Abrindo um parêntese, às vezes me perguntam por que eu uso o termo “centro de força lombar” e não “Meng Mein”. A resposta é simples e já a apresentei em algum Encontro de Magnetizadores. Prefiro a nomenclatura em minha língua. Porém, deixo à vontade as pessoas que queiram utilizar outra terminologia como chacra Sahashara, Ajna, Manipura ou Meng Mein, nomenclatura amplamente divulgada na internet. Da minha parte, prefiro chamá-los de centro de força coronário, frontal, gástrico ou lombar.
Às vezes dá-se nomes esdrúxulos às técnicas novas mostrando a falta de tino científico, ou inventa-se técnicas onde as já existentes podem dar conta. Como angariar o respeito para o Magnetismo sem os devidos cuidados para com tudo que faz parte dessa ciência?
O mesmo zelo deve-se ter com relação ao uso das técnicas. Começam a surgir técnicas e mais técnicas, algumas bastante complicadas na sua aplicação, com excessos de mentalizações. Quem se der ao trabalho de estudar as obras dos magnetizadores clássicos verificará que eles eram simples e econômicos nas técnicas. Deleuze descreve um método extremamente simples para tirar dores. Lafontaine curava cegos, paralíticos e surdos sem muitas complicações. Emeral, todos eles curavam utilizando a técnica certa, no local correto e pelo tempo necessário. Não sou contra que se descubra e desenvolva novas técnicas, até por que toda ciência é progressiva, senão não é ciência. Mas convenhamos: já alcançamos os mesmos resultados que os magnetizadores clássicos? Ainda estamos muito aquém, não é mesmo? Por que então não tentamos primeiro chegar onde eles chegaram para depois buscarmos ir além com as nossas descobertas? Por que não aproveitamos o caminho que já se encontra aberto pelos esforços deles antes de tentarmos abrir novas veredas? Como é simples curar uma constipação! Basta aplicar circulares ativantes na região intestinal! Mas como funciona essa técnica? O fluido do magnetizador, entrando em relação magnética com o fluido do magnetizado, sofre a influência daquele saindo do seu estado de estagnação, o qual por sua vez interfere na movimentação dos elementos físicos que necessitam ser reparados.

Quanto mais soubermos a respeito do funcionamento energético do ser humano, mais fácil será discernir sobre a técnica a ser utilizada. Do contrário, iremos buscar na ciência médica ou na Anatomia e na Fisiologia os conhecimentos que precisamos, o que é preocupante, já que a ação do magnetismo está para além do corpo físico e não funciona dentro dos princípios relativos aos medicamentos químicos.
Cada ciência possui sua própria teoria e devemos zelar por ela como responsáveis que somos desde que ela nos foi entregue. O limite do Magnetismo é a Humanidade como bem disse o Espírito E. Quinemant a Allan Kardec: “o magnetismo, desenvolvido pelo Espiritismo, é a chave de abóbada da saúde moral e material da Humanidade futura.” (Revista Espírita, junho de 1867). Se não dedicarmos os devidos cuidados, os inimigos do Magnetismo estarão nas suas próprias fileiras e dificilmente o prognóstico vislumbrado pelo Espírito será concretizado.
• Retirado do Jornal Vórtice ano IX, nº3, agosto-2016.