• Adilson Mota
Não saiu da minha lembrança os momentos vividos no I Encontro Mundial de Magnetizadores
Espíritas. Poucos grupos espíritas estavam trabalhando com Magnetismo, mas havia um clima de grande expectativa, pois era a primeira iniciativa desse tipo e que se mostrou muito eficaz, tanto que a partir daí muitos grupos novos surgiram e o interesse pelo Magnetismo cresceu.
Foram surgindo mais e mais grupos de estudo, seminários e até encontros regionais. Há cada vez mais espíritas interessados em pesquisar, descobrir e utilizar seus potenciais magnéticos em função da cura das doenças.
Nesse movimento crescente é preciso manter na mente a ideia de que estamos lidando com uma ciência, ou melhor, com duas: Espiritismo e Magnetismo. E ciência deve ser tratada como tal. Muitas descobertas vêm sendo feitas, o conhecimento vem se expandindo, o que é natural, quando mais pessoas e mais atenção dedicamos ao assunto. Certos cuidados precisam ser tomados, no entanto, para que no intuito de ajudar, não cheguemos a prejudicar esse movimento nascente e ainda frágil de recuperação da força do Magnetismo.
Precisamos de critérios claros nas nossas pesquisas e muita cautela antes de admitirmos qualquer coisa como verdade. Vejo pessoas divulgando técnicas de tratamento dessa ou daquela doença. “Eis aqui o tratamento da doença X”. Pergunto: essa técnica foi testada em quantos doentes? Em quantos deles deu resultado positivo de cura? Quantos grupos testaram e obtiveram o mesmo resultado? Sem esse controle amplo, como podemos fazer afirmativas tais? No máximo, podemos dizer que se trata de uma hipótese mais ou menos válida.
O tratamento da depressão pelo Magnetismo, antes de ser estabelecido por Jacob Melo e divulgado, foi testado por seis anos. Depois disso começou a ser experimentado por diversos grupos que atestaram a sua validade. Isso se chama responsabilidade científica. Há magnetizadores que afirmam tratar depressivos com o método TDM, quando na verdade o fazem à sua maneira. Sejamos honestos, se descobrimos outro modo de tratar com eficiência a depressão, coloquemo-lo em prática, mas usemos outra denominação, pois TDM é o método descoberto e testado por Jacob e que se encontra no seu livro A Cura da Depressão pelo Magnetismo. Não geremos deturpações que mais atrapalham do que ajudam.
Por falar em Jacob, muitos afirmam que isso ou aquilo está correto porque Jacob ou fulano de tal disse. Esse não é um critério válido para o discernimento da verdade. Agindo assim, estamos imitando o que combatemos quando muitos espíritas colocam como parâmetro da verdade: foi o Espírito Y que falou ou está no livro do escritor X. Coloco isso abertamente, pois sei que o meu amigo Jacob não se melindrará, já que ele é defensor da mesma ideia. A verdade deve ser baseada em pesquisa, experiência e observação exaustivas até que não restem dúvidas e o erro deve ser deixado de lado, não importa a sua origem.
O Magnetismo não existe por causa do Espiritismo, mas sim, como patrimônio de todo ser vivo, especialmente dos seres humanos. O bem da Humanidade é o objetivo da ciência magnética e não alcançaremos essa finalidade se a base teórica e prática do Magnetismo não estiver bem assentada de modo que possa convencer da sua realidade. Para que isso aconteça, há um longo caminho pela frente. Precisamos fugir dos misticismos e dos achismos e saber diferenciar a verdade daquilo que é simples opinião ou hipótese.
• Retirado do Jornal Vórtice ano IX, nº3, agosto-2016.
Tratando a Ciência Magnética Parte 1/2
ago 01, 2018Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Tratando a Ciência Magnética Parte 1/2Like
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