Antigamente, se a esposa descobrisse que o marido praticou uma traição, ela perdoava e cuidava do marido. Isso porque tinha medo de ser abandonada.
Passado algum tempo, se a mulher descobrisse a traição do marido, juntava as próprias coisas na mala, e saia de casa.
Ainda há pouco tempo, se a mulher descobrisse a traição do marido, juntava as coisas do marido e o mandava embora.
Atualmente , quando a mulher descobre a traição , junta o marido em pedaços na mala e o manda embora…
Sacanagem ou “trairagem “(como se diz na gíria) com a mulher de amigo, depende muito de quem está sendo traído.
O caboclo que tem um caso com a mulher (cunhada) do presidiário, leva o nome de “Talarico”. E, seus dias de “presunto” estão contados.
E têm aqueles que levam numa boa, só administram, que são chamados de cornos mansos, e são tão mansos que nem sempre herdam o reino do céu.
Nesta edição, vou contar a história de dois amigos inseparáveis. Um deles, Fernando, decidiu fazer uma viagem para o Pantanal e resolveu levar o seu amigo do peito, Ricardo, para que lhe fizesse companhia numa pescaria.
Chegando lá, colocaram as “tralhas” na caminhonete, e seguiram para a diversão. Após dirigir por algum tempo, foram surpreendidos por uma forte tempestade. Portaram num sítio próximo, onde morava uma mulher atraente, que os atendeu na porta. Eles pediram para passar a noite lá.
__Eu compreendo que o tempo esteja pavoroso, eu vivo nessa enorme casa, sozinha, mas como fiquei viúva recentemente, tenho medo do que os vizinhos vão falar se os deixar pousar aqui. __argumentou ela.
__Não se preocupe__ disse Fernando__ ficaremos bem se pudermos dormir no paiol, e assim que o temporal passar, iremos embora de manhã bem cedo.
A bela mulher concordou, e os dois homens se recolheram no paiol e passaram à noite.
Amanheceu , o tempo melhorou , seguiram viagem e conseguiram aproveitar a pescaria.
Mais ou menos uns nove meses depois, Fernando recebeu uma carta de surpresa de um advogado. Demorou um tempo até que compreendesse que era o advogado da linda mulher viúva, que tinha conhecido no fim de semana em que foram pescar.
Ele foi até o amigo e perguntou:
_ Ricardo, você se lembra daquela linda viúva, do sítio onde ficamos naquele fim de semana, nove meses atrás?
_ Lembro sim!
__Por acaso, você, foi visitá-la naquela noite?
Ricardo se esquivou, mas não encontrou outra saída para o segredo que havia guardado há tanto tempo. Envergonhado por ter sido descoberto, retrucou:
__ Devo admitir que fui !
__ Se não lhe falha a memória, você deu o meu nome ao invés do seu?
Ricardo ficou avermelhado, como um pimentão, e argumentou:
__ Oh! Desculpa amigão, acho que fiz isso mesmo. Mas, por que você pergunta?
__ Porque ela morreu, e deixou tudo pra mim!
Às vezes, imaginamos desfechos diferentes. Nelson Rodrigues que o diga.
