Câmara municipal sancionou lei sobre marco zero da fundação do município em consonância com construção de capela
Como resultado de uma revisão histórica, a Estância Climática de Cunha comemora, em 19 de março, 294 anos, em conformidade à construção da Capela Jesus, Maria e José da Boa Vista, em 1724.
A alteração é fruto do trabalho de pesquisa de historiadores, com destaque para o professor cunhense João Veloso, que foi desenvolvido nos últimos anos, sobre a real data de fundação da cidade. Até 2017, a data oficial era 20 de abril de 1858, quando a Vila de Cunha foi elevada à condição de cidade.
Com o resultado do levantamento e o respaldo de diversas audiências públicas, a Câmara Municipal de Cunha aprovou em sessão ordinária a Lei Municipal 1569/2017 que altera a data, oficializando a construção da Igreja da Boa Vista (como é mais conhecida) como sendo o marco zero de fundação da cidade.
Para celebrar a nova data e os quase três séculos da cidade, a Prefeitura de Cunha está preparando uma programação de atividades que se desenrolará especialmente nas escolas do município, em 19 de março.
Cunha fica no Alto do Paraíba
Montanhas, vales, paisagem exuberante, sossego, gastronomia, artesanato. Isso e muito mais se encontra na Estância Climática de Cunha, cidade que traz em suas ruas marcas da história do Brasil, com diversas construções antigas. Algumas delas tombadas pelo Patrimônio Histórico, incluindo a Igreja da Matriz, que foi construída em 1731 e está passando por restauração.
Essas evidências históricas remetem à época em que Cunha era rota dos tropeiros que percorriam a Estrada Real, levando o ouro de Minas Gerais até o porto de Paraty e de lá para o Rio de Janeiro e Portugal.
Outra herança tornou a cidade o maior polo da cerâmica de alta temperatura da América Latina. Isso porque, na década de 1970, ceramistas se instalaram na cidade, para desenvolver seus trabalhos utilizando fornos a lenha, que utilizam a técnica de queima chamada noborigama, e ao longo desses 40 anos formaram novas gerações de ceramistas e atraíram muitos artistas que empregam outras técnicas e estilos.
A estância oferece também diversas opções de turismo rural, que inclui fazendas de cultivo de cogumelo shitake e de truta, apiários, queijarias, pesqueiros e alambiques. A cerveja artesanal é outro produto que ganha espaço na cidade e é possível visitar as cervejarias e degustar a bebida.
Nos últimos anos, Cunha vem se destacando também com o plantio de lavanda, que atrai muitos turistas. Além da plantação propriamente dita é extraído o óleo da lavanda, com o qual se produz sabonetes, aromatizantes e outros itens derivados da matéria-prima.
Há ainda as belezas naturais que o lugar oferece, como as cachoeiras do Pimenta, do Desterro e do Barracão. Além da Pedra da Macela, que em seu pico, a 1.840 metros de altitude, é possível apreciar a paisagem deslumbrante que inclui Paraty, a baía da Ilha Grande e parte de Angra dos Reis e todas as montanhas e serras que ficam no entorno de Cunha.
Entre os destaques está o Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Cunha, onde o visitante também pode se banhar em suas cachoeiras e percorrer suas trilhas guiadas por monitores. São três ao todo, cada uma com um grau de dificuldade.
Trabalho de historiadores eleva a idade de Cunha para 294 anos
fev 28, 2018Bruno FonsecaTurismoComentários desativados em Trabalho de historiadores eleva a idade de Cunha para 294 anosLike
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