Os trabalhadores e trabalhadoras paralisaram a produção da Usiminas por uma hora na manhã desta segunda-feira, 20. O ato foi em protesto pelo descaso da atual gestão da unidade da empresa em Taubaté e ocorreu na entrada do primeiro turno. Em seguida, a direção do Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região) realizou uma assembleia.
A paralisação da produção deve ocorrer também na entrada do segundo turno na tarde desta segunda-feira e ainda na quarta-feira, 22. A mobilização foi para denunciar a falta de segurança na empresa; a recusa dos representantes da Usiminas Taubaté em receber a direção do Sindicato; as demissões de um trabalhador com sequelas e de uma funcionária, considerada pela empresa culpada por um acidente, além da negativa em discutir a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) 2022.
Além disso, os trabalhadores e trabalhadoras definiram a entrega de um ofício com o prazo de 48 horas para que a direção da Usiminas Taubaté receba os dirigentes sindicais. De acordo com o presidente do Sindmetau, Cláudio Batista, o Claudião, desde que os novos diretores assumiram a gestão da Usiminas Taubaté, os acidentes vêm ocorrendo.
“Há cerca de um ano, os novos gestores da Usiminas chegaram e não receberam os dirigentes sindicais para uma conversa. Hoje, os acidentes acontecem e eles culpam o trabalhador, mas sabemos que a saúde e segurança dos funcionários é um dever da empresa”, afirmou Claudião.
O vice-presidente do Sindicato, Fabiano Uchoas, participou da assembleia em solidariedade aos companheiros e companheiras na Usiminas. “Não dá para aceitar que uma empresa culpe um trabalhador pelos acidentes. A fábrica deveria ser a principal interessada em proteger o trabalhador e zelar pela sua segurança.”
PLR
O presidente do Sindmetau lembrou ainda que os diretores da fábrica não iniciaram as conversas sobre o valor da PLR 2022. “A Usiminas Taubaté é um exemplo do que vem acontecendo pelo país: postura intransigente dos patrões para aprofundar a retirada de direitos do trabalhador.”
Segundo Claudião, as empresas de aço foram as que mais lucraram em 2021 no Brasil. “Os empresários do setor nunca lucraram tanto e em compensação o preço dos alimentos, dos combustíveis e do gás de cozinha só aumenta.”