Os trabalhadores e trabalhadoras na LG estão em estado de greve. A decisão foi tomada na manhã desta sexta-feira, 26, durante assembleia, realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau).
O estado de greve foi motivado pelas notícias do possível fechamento da fábrica de celulares da empresa no município. De acordo com o secretário de Administração e Finanças do Sindmetau, Juarez Ribeiro, que comandou a assembleia desta sexta-feira, 26, a empresa deve fazer um anúncio já em abril.
“Porém, a LG não informou oficialmente os trabalhadores e nem o sindicato. As informações que nós temos são da imprensa internacional, que vêm divulgando a intenção da empresa sul coreana de encerrar a produção de smartfones em todo o mundo”, afirmou Juarez.
A decisão dos trabalhadores será oficializada pelo Sindmetau à direção da unidade da LG em Taubaté. “O principal objetivo do Sindicato é pela manutenção dos postos de trabalho e pela permanência da empresa no município”, frisou Juarez.
Segundo Juarez, a meta do Sindmetau é conversar com a empresa e tentar encontrar alternativas para a continuidade da produção de celulares. “Somente diante da impossibilidade de a empresa manter o setor no município, a exemplo do que está ocorrendo com a Ford, queremos negociar um plano de encerramento de atividades, com benefícios para os funcionários, também como vem acontecendo com a Ford, que está dialogando com o sindicato.”
Informações extra oficiais
Desde o final do mês de fevereiro, a imprensa sul coreana vem divulgando informações sobre a possível venda do setor de celulares da LG. Uma delas foi o interesse da Vingroup, empresa vietnamita, e da Volkswagen (VW), porém as negociações foram encerradas sem um acordo.
Ainda conforme os veículos de comunicação da Coreia do Sul, a LG decidiu encerrar a produção de celulares sob a alegação de prejuízos acumulados há cerca de cinco anos no setor.
Em Taubaté, a LG tem cerca de mil trabalhadores. Além de celulares, a empresa produz monitores e notebooks.