Um ônibus trafegava pela Avenida Niemeyer, em São Conrado, na manhã de ontem, dia 7, quando foi atingido por uma árvore que desabou em um deslizamento de terra.
Com a localização das vítimas no ônibus, subiu para seis o número de mortos em consequência da forte chuva que atingiu a cidade na noite de quarta-feira.
Uma mulher que viajava no ônibus também foi atingida e morreu. O motorista sofreu ferimentos e foi levado para o hospital em estado de choque. Com o impacto do deslizamento de terra, o ônibus foi jogado contra a mureta da avenida, invadiu a ciclovia Tim Maia, com risco de cair no mar.
Durante o temporal, os ventos alcançaram até 110 km/h, de acordo com a Prefeitura do Rio de janeiro, ventos de 116 km/h são os mais baixos de um furacão.
O prefeito Marcelo Crivella esteve no local e decretou luto oficial de três dias. Segundo Crivella, o problema maior durante o temporal ocorreu na Avenida Niemeyer, que deve ficar interditada até hoje. “Vamos ver a profundidade do solo, todos sabem que existe aqui uma rocha sã (rocha remanescente de superfície aplainada), com pouca profundidade e com solo de cobertura, que por ser fixo, retém água”, disse.
“Se essas árvores forem antigas, se forem frondosas e se o solo for raso, aí, sim, eu acho que vale a pena remover as árvores e plantar em outros lugares”.
Seis mortes
Além das duas vítimas na Niemeyer, duas pessoas de uma mesma família morreram em consequência do desabamento de uma casa em Pedra de Guaratiba, Isabel e Mauro Paes, mãe e filho. O marido de Isabel, Áureo Paes e o filho Arthur ficaram feridos e foram levados para o Hospital Lourenço Jorge.
Na Favela da Rocinha foi registrada mais uma morte em consequência de desabamento de uma barreira. No Vidigal, uma pessoa morreu atingida por um muro que desabou. As favelas ficam em São Conrado, na zona sul da cidade, uma das áreas mais atingida pelo temporal de ontem.