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domingo 22 dezembro 2024
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Taubaté, 373 anos: o desafio de uma cidade mais humana e humanizadora

Taubaté cidade de 370 anos! Taubaté marcada pela história e pela cultura e tendo a frente os desafios do presente e do futuro.

Taubaté chega aos 373 anos com uma grande expressividade no Vale do Paraíba e uma das principais cidades da história do Estado de São Paulo, marcando a expansão do bandeirante paulista em busca de ouro onde hoje é Minas Gerais. Uma “capital cultural”. Uma das maiores cidades do leste paulista, tendo desempenhado papel relevante na evolução histórica e econômica do país.

Taubaté de histórias do passado e do presente. A história por aqui passou e construiu bonitas páginas, muitas contribuições para a história do Brasil. Muitas personalidades aqui nasceram, viveram e contribuíram para a construção do nosso país. Conhecer a história de Taubaté é se surpreender de várias maneiras principalmente pelo entrelaçamento com grandes episódios da história do país. É desafio atual redescobrir sob novas perspectivas essa história. Uma história que continua sendo escrita a cada dia pelo trabalho dos seus habitantes.

A cidade precisa sempre de novos olhares, olhar os cruzamentos urbanísticos, estéticos e sociais. Taubaté precisa desses olhares.

As cidades foram desde a antiguidade o estabelecimento humano mais próprio para fazer emergir a beleza. Aqui se entende beleza não apenas no aspecto estético, porém como identidade própria dela, caráter típico dela. Qual é a identidade de Taubaté?

Taubaté é um cidade histórica, sobreposição ou adição de muitas épocas. A cidade é assim uma lição de história em que estão perante nós diferentes épocas. Por isso deve-se cuidar, preservar dinamicamente essa história.
Outra característica das cidades, e que é portanto um elemento da sua natureza, é a variedade tipológica dos edifícios, quer dizer edifícios de características e finalidades muito diferentes, que vão desde a habitação que evidentemente é primordial, aos serviços públicos, aos espaços de trabalho, aos espaços de cultura, e que dá ás cidades uma complexidade muito especial.

Aquele espaço onde se faz essa partilha, onde cada um, cada cidadão pode apreciar a beleza da sua cidade. O espaço público é o símbolo da cidadania, são as ruas, as praças, os jardins, os parques entre outros. Como anda tais espaços em nossa cidade?

Há também os espaços fechados, chamados equipamentos urbanos, que são espaços públicos: as igrejas, teatro, estádio, os centros comerciais, as repartições públicas, as escolas, rodoviária etc.
Aqui se coloca o desafio de como é que se gera a beleza da cidade, como é que ela pode ser garantida. Qual é a identidade presente e qual será a identidade futura de Taubaté? O que se espera do presente e do futuro de Taubaté?
É através exatamente da preservação e do tratamento da beleza dos próprios espaços públicos. É aqui que se faz o teste à verdadeira democracia espacial, e da maneira como são tratados os espaços públicos, que é uma responsabilidade, evidentemente, do poder executivo e legislativo da cidade, e também uma responsabilidade de todos os cidadãos conscientes.

O desconhecimento, a destruição ou ás vezes o descaso com marcos históricos da cidade atrapalha uma leitura adequada da cidade. Os marcos históricos precisam de visibilidade para que alcance seu dinamismo próprio integrando-se a vida da cidade.

A questão do trânsito na cidade é uma questão relevante e que deve ser pensada e solucionada adequadamente. A poluição visual.

A cidade tem tarefas todos os dias. Existe o desafio de fazer cidades das periferias, ou seja, sanar as necessidades que possuem para que seus habitantes tenham uma vida cada vez mais digna. Uma cidade mais integrada. Criar novas centralidades nas periferias, além do centro natural da cidade. Para que elas possam ter uma identidade própria através de atividades culturais entre outras coisas.
Existe o grande desafio de todos e de cada um em sua esfera de atuação trabalhar pelo bem comum da cidade, construir uma cidade de pessoas e para pessoas. Uma cidade mais humana e humanizadora.

 

Por José Pereira da SilvaProfessor de História