Governador também afirmou que pretende criar um departamento na Polícia Civil destinado ao combate de feminicídios
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou, nesta terça-feira, 11, a contratação de segurança privada desarmada e de psicólogos para escolas do estado de São Paulo. A declaração foi feita durante uma visita a Campinas, onde ele acompanhou o início das obras do sistema de drenagem da avenida Brasil, uma importante via da cidade.
“Vamos contratar equipes de segurança privada nas escolas para criar vínculos, segurança desarmada para monitorar o ambiente. [Além de], aumentar as rondas policiais. A patrulha escolar será reforçada”, afirmou o republicano, que não ofereceu detalhes do plano.
O governo estadual também pretende aprimorar o trabalho de inteligência da polícia por meio do monitoramento das redes, para antecipar possíveis novos ataques, como o que ocorreu na Escola Estadual Thomázia Montoro, em 27 de março.
A Polícia Civil conseguiu identificar 279 planos de possível ataque a escolas no período de apenas uma semana, após o atentado à E.E. Thomázia Montoro. Os casos foram registrados tanto no ambiente virtual quanto no escolar.
Questionada sobre a contratação dos profissionais de saúde e segurança, a Secretaria Estadual de Educação não respondeu até a publicação da reportagem.
Combate aos feminicídios
Durante a visita, Tarcísio também afirmou que pretende criar em São Paulo um departamento na Polícia Civil destinado ao combate de feminicídios. O anúncio foi feito quando o governador foi questionado sobre o decreto federal que prevê o funcionamento das delegacias da mulher durante 24 horas desde a última terça-feira, 4.
Atualmente, somente 11 das 140 DDMs (Delegacia de Defesa da Mulher) no estado funcionam por 24 horas. Para ampliar o atendimento às vítimas, o republicano também estimulou a procura pelas delegacias virtuais para registrar as denúncias.
O governador ainda reforçou a promessa de campanha de melhorar o salário dos policiais e de aumentar o efetivo no estado, no intuito de promover investigações mais céleres para a conclusão de crimes.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou, por meio de nota, que “estuda a criação de um departamento específico para tratar de crimes contra a mulher”.
“Atualmente a pasta oferece um suporte físico e online a todas as vítimas de violência. São 140 unidades territoriais de Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) — sendo 11 delas com funcionamento ininterrupto —, além da DDMs on-line e das 77 salas DDM estrategicamente instaladas em plantões policiais, nas quais as vítimas são atendidas por uma delegada mulher via videoconferência”, afirmou à pasta.