A efetiva união das empresas ocorrerá em 14 de janeiro de 2019
A Suzano Papel e Celulose anuncia que recebeu aprovação da Comissão Europeia para concluir o processo de combinação de operações e bases acionárias com a Fibria. Encerrada a fase de avaliação concorrencial pelos órgãos reguladores, as empresas estão prontas para seguirem adiante com a finalização da transação. A reorganização societária será concluída em 14 de janeiro de 2019, criando a quarta companhia mais valiosa do Brasil (excluindo empresas financeiras).
“Estamos prestes a transformar um sonho em uma realização histórica para o Brasil. Uniremos as melhores práticas operacionais e de sustentabilidade das duas empresas, os maiores talentos e os mais relevantes projetos de inovação com foco em fontes renováveis”, afirma o presidente Walter Schalka.
A companhia terá uma nova marca e se chamará Suzano a partir da conclusão da reorganização societária. Walter Schalka será o presidente e terá ao seu lado os seguintes diretores: Alexandre Chueri, Aires Galhardo, Carlos Aníbal, Christian Orglmeister, Fabio Prado, Fernando Bertolucci, Leonardo Grimaldi, Malu Paiva, Marcelo Bacci, Mariano Zavattiero, Pablo Machado e Vinícius Nonino.
A Suzano terá capacidade de produção de 11 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papel por ano. A companhia contará com aproximadamente 37 mil colaboradores diretos e indiretos e 11 unidades fabris, capazes de abastecer mais de 90 países e gerar um volume de exportações de R$ 26 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em 30 de setembro de 2018. Entre janeiro e setembro deste ano, as duas empresas alcançaram R$ 10,1 bilhões em geração operacional de caixa e R$ 24,5 bilhões em receita líquida, dois recordes históricos no setor. Juntas, já investiram R$ 4,9 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, números que comprovam o compromisso com o desenvolvimento do Brasil.
A transação será concluída conforme o plano anunciado em 16 de março de 2018, quando foi assinado o acordo que deu origem à transação. Em 13 de setembro de 2018, os acionistas de Suzano e Fibria aprovaram os termos da reorganização societária em suas respectivas Assembleias Gerais Extraordinárias.
Todas as demais condições precedentes para a fusão da Suzano e da Fibria foram verificadas. A reorganização foi aprovada sem restrições pelas autoridades concorrenciais nos Estados Unidos (31/05), China (31/08) e Turquia (06/09). No Brasil, o acordo recebeu aval do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica – (11/10) e da ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários – (14/11), igualmente sem restrições. No dia 29/11, a autoridade concorrencial da Europa também aprovou a reorganização, decisão sujeita ao encerramento antecipado do contrato para fornecimento de celulose de fibra curta celebrado entre Fibria e Klabin S.A.
A reorganização societária prevê uma série de etapas para sua concretização. Cada acionista da Fibria receberá, para cada ação ordinária, 0,4611 ação ordinária de emissão da Suzano e R$ 52,50, ajustados conforme previsto no Protocolo e Justificação de Incorporação aprovado pelos acionistas. O valor total final a ser pago na data de consumação da operação, em 14 de janeiro, será divulgado ao mercado no dia 10 de janeiro.
Quanto à origem dos recursos a serem pagos aos acionistas da Fibria, a Suzano celebrou compromissos com instituições financeiras internacionais para contratação de financiamentos no valor total de US$ 9,2 bilhões, dos quais US$ 6,9 bilhões em um bridge loan com prazo de três anos, e os demais US$ 2,3 bilhões em um financiamento com prazo de seis anos. Os recursos disponibilizados na operação de bridge loan formalizada em março, contudo, foram substituídos ao longo do ano por novas captações com condições mais atrativas. Em função da forte geração de caixa do período, a necessidade de captações para a transação foi inferior ao previsto inicialmente.
Em decorrência da operação anunciada em março deste ano, as ações da Suzano passarão a ser negociadas na Bolsa de Nova York (NYSE) e as ações da Fibria deixarão de ser negociadas na B3 e na NYSE ao final do dia 3 de janeiro. Espera-se que os ADSs da Suzano sejam negociados na NYSE a partir de 10 de janeiro.
Após a conclusão da fusão, a Suzano começa a trilhar um novo caminho em direção ao futuro. “Estamos muito motivados pelo desafio de continuarmos nos transformando para gerar impactos ainda mais positivos para a sociedade”, diz Walter Schalka.