• Roni Ricardo Osorio Maia – Volta Redonda/RJ
Apresentaremos, aos leitores, um recorte adaptado de nosso livro Vida Futura, atualmente, na versão e-book reader, o qual traz por mote principal a valorização da vida e a temática prevenção do suicídio sob a ótica espírita.
O suicídio ou autocídio é o ato humano de eliminar a vida, na maioria das vezes de forma direta, ou seja, com o ato praticado contra si próprio por meio de arma de fogo, queda proposital em lago, rio, enchente, mar, oceano, de abismo, montanha e prédio, enforcamento, envenenamento, automutilação etc. Há também a forma indireta, onde atitudes e comportamentos nocivos acabam por acarretar a morte do corpo físico; falamos, principalmente, dos adeptos dos vícios continuados como drogadição, álcool, fumo e outras substâncias tóxicas, pelas quais se arrastarão pessoas e fatalmente anteciparão o ciclo da existência corpórea programada.
Quantos homens e mulheres, de várias faixas etárias ou classes sociais, recorrem, pessoalmente aos Centros Espíritas à procura de ajuda ou até mesmo socorro, ou, ao CVV (Centro de Valorização da Vida, com atendimentos disponíveis por telefone ou on-line). Dispostos ou intencionados a eliminarem suas vidas através do suicídio pedem ajuda. São incontáveis as ocorrências e os atendimentos dispensados aos irmãos nos estágios terrestres, muitas vezes, como verdadeiros incautos defronte a uma realidade sofredora noutra dimensão da vida. E, como a última alternativa, buscam amparo diante da premissa projetada para um trágico final da vida física.
Os casos mais variados, nós ouvimos durante as décadas de nossas tarefas na seara espírita, são relatos de pessoas restabelecidas diante de seus infortúnios, bem como, os espíritos desencarnados nas reuniões mediúnicas; além de muitos encarnados que também foram acudidos, em emancipação da alma, nas mesmas reuniões, trazidos pelos benfeitores espirituais durante o período de sono.
Todos receberam o lenitivo para se reerguerem da tentativa de se matarem e sabemos de muitos que, uma vez fortalecidos, abandonaram a ideia infeliz! Hoje recompensados diante dos embates contra si mesmos, dão-nos seus testemunhos de fé com o espírito renovado diante das provas da vida!
Um número muito expressivo de pessoas será afetado em cada ocorrência de um suicídio no núcleo familiar, incluirá a própria família, amigos, colegas escolares e do trabalho e assim sucessivamente. Se for uma pessoa com círculo afetivo extenso, maior a exposição ao luto provindo desse desenlace abrupto e que afetou sensivelmente a muitos. Mas, queremos expressar nosso recado especial aos pais de jovens que romperam com a vida e os deixaram inconsoláveis. Nas nossas atividades espíritas, ouvimos muitos desabafos, nalguns víamos a incerteza e dor estampados nos semblantes consternados daqueles que criaram um filho e por alguma razão que desconheciam ou descuidaram, culminou na separação fatal de seu filho amado.
Ficamos sensibilizados muitas vezes, com alguns dos casos, por nós, ouvidos, por meio de irmãos em jornadas terrenas, onde as dúvidas sobre a imortalidade os dominavam daí, presumirmos por não conhecerem a Doutrina Espírita! Em primeiras visitas a um Centro Espírita recorriam ao convencimento à altura de sua apreensão e, pela credibilidade que o Espiritismo, ao longo das décadas, doou à população brasileira, se dirigiram ao pronto socorro espiritual para se restaurarem ou se aprumarem diante de dor sentimental imensa!
Precisaremos informar às mães e aos pais que enderecem seu pedido à nossa Mãe Maior, ela os escutará! Também aos que diante da perda de um familiar façam preces à Mãe Santíssima, sabedora das nossas inquietações, tão logo seja viável e possível o auxílio será prestado, através da legião dos servos de Maria, conforme narrado no clássico Memórias de um suicida. Não há que se duvidar! Firmemos nossas convicções em orações. A generosidade do Espírito Maria de Nazaré é imensa, como é enorme o seu amor pela Humanidade terrena e Ela se comprometeu, junto ao seu filho bem-amado – o Cristo, a ajudar aos sofredores do planeta que Ele espiritualmente governa, a mando de Deus. Ao Mestre Jesus, recorramos tantas vezes sejam necessárias para o fortalecimento espiritual e constantemente a Deus, Pai de infinito Amor, para o nosso caminhar diante de tormentas que porventura venham a ocorrer.
Assim, solicitamos aos que nos leem, para reflexionarem de agora em diante em suas posturas, uma vez mais informados para agirem com caridade moral, nesse caso, face ao triste acontecimento familiar com a separação de alguém, pelo ato derradeiro, que extirpou uma vida, até então reunida na mesma casa.
Queremos enaltecer a mensagem às famílias, inúmeras vezes, enternecidas pela dor da separação desditosa de um ente querido, frisaremos também que, não nos é simples mergulhar em um universo delicado como é o do suicida. A intimidade de cada um merece-nos consideração; então, a família deverá recorrer a diálogos confortadores à lembrança daquele que partiu com prosas objetivas para se firmarem diante da vida e das relações pessoais e familiares; torna-se oportuna essa constatação de acordo com os postulados espíritas e pelo que foi transcrito.
Convidaremos a todos a fim de se juntarem ao nosso compromisso com a vida, quais sejam os espíritas em geral, profissionais da saúde, formadores de opinião, palestrantes, trabalhadores e médiuns de Centros Espíritas, outros credos religiosos, para acalmarem e consolarem todo ser humano disposto a eliminar a própria existência corporal. Enfim, quem se dispor ao somatório de forças diante desse flagelo íntimo que é o suicídio; para o qual as sugestões ocupam as mentes desavisadas de irmãos em peregrinação pela Terra e que tem levado inúmeros deles a um estado pior e deplorável, na categoria de espírito suicida.
Como espíritas e seguidores do Cristo é nosso dever!
E todo aquele que serve e segue a Jesus não está só!
Suicídio: Evite-o!
set 17, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Suicídio: Evite-o!Like