O Império Romano foi o período pós-republicano da antiga civilização romana, caracterizado por ser uma autocracia ou monarquia, tendo como chefe, inicialmente um príncipe, quando o sistema político republicano ainda conservava parte do poder do Senado e imperador, quando o Senado já estava limitado para exercer poucas funções. O poder era exercido sobre extensas possessões territoriais em volta do Mar Mediterrâneo e parte do Oriente Médio.
Em 285 d.C., o Imperador Diocleciano dividiu a administração do Império Romano em duas metades, mas a sede continuou na Itália. O Imperador Constantino transferiu a capital principal para Bizâncio por volta de 330. Após sua morte, Bizâncio passou a ser chamada de Constantinopla.
Diocleciano não estabeleceu para si um mandato vitalício, e sim um mandato com prazo determinado em aproximadamente vinte anos e cumpriu.
Traços de seu reinado podem ser vistos em Roma, em frente à Estação Termini, onde se situam as Termas de Diocleciano, atual Museu Arqueológico de Roma e ainda construiu para si uma vila na atual cidade de Split, atual Croácia, edificação praticamente intacta, que preserva muitos aspectos da arquitetura romana da Antiguidade Tardia.
Em 390, o Imperador Teodósio separou as duas porções do Império Romano, sendo que a sede do Ocidente já tinha se deslocado para Milão, por questões estratégicas e a sede do Oriente permaneceu em Constantinopla.
Enquanto a porção ocidental ainda utilizava a língua latina, a porção oriental adotou a língua grega. As duas porções, oficialmente cristãs.
Aqui começa o Império Bizantino que acabou se tornando uma extensão do Império Romano a partir de 476. Também conhecido como Império Romano do Oriente, sobreviveu por mais mil anos. A nomenclatura “Bizantino” surgiu na Europa por volta de 1557, após a publicação de um livro alusivo às informações bizantinas.
Paralelamente, um novo poder, a partir de Carlos Magno, surgiu no Ocidente: o Império Carolíngio. Teve sua fundação em Roma, no Natal de 800 com a coroação de Carlos Magno pelo Papa Leão XIII.
Oficialmente, denominado como “Sacro Império Romano Germânico”, também durou aproximadamente mil anos. Sua sede inicial foi estabelecida na Catedral de Aachen, atual Alemanha, onde está o trono de mármore e o túmulo de Carlos Magno. O local é emblemático e tido como precursor da atual União Europeia.
Os dois Impérios, tanto o Império Bizantino, quanto o Sacro Império podem ser considerados extensões temporais e territoriais do Império Romano.
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José Alencar Galvão de França
Especialista em Direito Romano pela Universidade de Roma “La Sapienza”
