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domingo 6 outubro 2024
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SPQR – Mare Nostrum

O II Reich da Alemanha, iniciado no Palácio de Versalhes com a rendição francesa na Guerra Franco-Prussiana e a unificação italiana a partir do reinado de Vitorio Emanuel delinearam o início do século XX.
O século XX começou, desta forma, com uma corrida imperialista, onde a Inglaterra já ocupava a primeira posição.
Não foi suficiente. A Primeira Grande Guerra impôs prematuramente o final da monarquia não somente na Itália e na Alemanha, como também na Rússia e na Turquia.

A Era dos Impérios foi substituída pela Era das Ideologias. Surgiram, ditaduras de extrema-direita como o Nazismo e o Fascismo e de esquerda, como o Comunismo Stalinista.
De uma certa forma, havia uma necessidade de acomodar as populações em busca de emprego, redução do trabalho no campo e crescente industrialização dos centros urbanos.
Porém, as ditaduras trouxeram muitos problemas, sendo o principal a intolerância e consequente perseguição às minorias.

Enquanto, a partir da Segunda Grande Guerra, vários países da Europa do lado Oeste se tornaram ditaduras de direita, a Cortina de Ferro impôs o comunismo para uma dezena de países, além de unificar todas as bordas através da URSS.
Atualmente, há uma tendência em toda a Europa de cortejar aspectos políticos de extrema direita, principalmente pela noção generalizada que prima mais pelo nacionalismo e pelo combate à corrupção, em relação à esquerda.
O sistema europeu de freios e contrapesos tem funcionado relativamente bem, o que evidencia a impossibilidade de retorno de ditaduras aos povos europeus, além de poucas exceções.

Países mediterrâneos, mais recentemente emergidos de ditaduras de direita como Portugal, Espanha e Itália tentam demonstrar que a esquerda falhou em muitos aspectos, sendo o principal, o convívio com a corrupção. Aqui, o paradoxo. Não deveriam ser mais isentos?

Enquanto a Era das Ideologias mereça seu encerramento, os povos terão muito a ganhar se laborarem pelo combate à corrupção, independentemente de qualquer ideologia, de forma que governantes sinceros liderem iniciativas persistentes e produtivas para o enfrentamento das alterações climáticas.

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José Alencar Galvão de França
alencargalvao@terra.com.br