A ditadura surgiu em Roma para socorrer a cidade em períodos de emergências como ameaças externas como invasões ou até mesmo inundações e guerras civis.
Na magistratura romana, o Consulado, cargo eletivo mais importante, era exercido por dois membros do Senado pelo período de um ano, em meses alternados. A alternância garantia um certo distanciamento e uma cooperação entre os dois cônsules, uma responsabilidade, enfim.
Aos cônsules, eram atribuídas funções militares, administrativas e judiciárias. Com o aperfeiçoamento da República, surgem outros cargos extraídos das funções dos cônsules.
A função de cônsul foi formulada após o Período Régio.
Enquanto ao rei não era exigida responsabilidade, ao cônsul, pela própria propositura do cargo, no caso, eletivo pelos membros do Senado, já era exigido mais comprometimento e alguma responsabilidade.
Houve, consequentemente, na transição de algumas décadas, após a expulsão do último rei, um grande passo rumo à gestão da cidade de Roma e às províncias.
Roma, graças às magistraturas, conseguiu administrar territórios continentais.
A figura do DICTATOR surgiu para fazer frente às emergências com mandato inicial de seis meses. Tinha como objetivo realizar força-tarefa para defender a cidade ou enfrentar calamidades ou até mesmo enfrentar rebeliões internas.
Não há notícia de organização do Estado mais eficiente na Antiguidade que a de Roma. Espelhada, muitas vezes, nas cidades-estados da Grécia, cresceu em vários campos, notadamente tanto no aspecto militar quanto no aspecto jurídico.
No mundo contemporâneo, a função do ditador foi deturpada. Aproveitando o afastamento da responsabilidade do DICTATOR, ditadores proliferam e grassam pela Humanidade, com figuras notórias como Napoleão, Hitler, Stálin, Mao.
Vivemos uma época na qual os valores humanos são sobrepujados pela cegueira que acomete as iniciativas de políticos mal intencionados.
Além das questões políticas, temos que lidar com guerras, escassez de recursos e com as consequências das alterações climáticas.
Seria necessário um DICTATOR romano para solucionar as ameaças e colocar o planeta em um órbita mais sensata e garantir não somente a Democracia, como também a segurança e sobrevivência dos povos, ora em risco.
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José Alencar Galvão
alencargalvao@terra.com.br
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