Bizâncio foi uma antiga colônia grega, fundada no início do século VII a.C. , às margens do Estreito de Bósforo, mais precisamente na margem europeia. Na margem asiática, também existia uma cidade denominada Calcedônia.
Com o avanço do Império Romano, e consequente interesse do Imperador Constantino, Bizâncio se tornou “Nova Roma”. Após sua morte, a cidade passou a se chamar Constantinopla. Em 1930, os turcos alteraram a denominação para Istambul.
Os gregos a denominam Constantinopla até nossos dias. Por séculos, a língua grega predominou na região.
Com a divisão do Império Romano em Oriental e Ocidental, Constantinopla passou a ser a sede da porção Oriental.
Enquanto Roma do Ocidente foi invadida e destruída várias vezes, Constantinopla ou Roma do Oriente preservou o Cristianismo e o Direito Romano. De fato, houve uma lógica na divisão do Império Romano, com o intuito de preservar as conquistas religiosas e jurídicas.
As duas Romas tiveram então uma identidade em comum: duas faces da mesma moeda.
Roma do Ocidente entrou em um período de despovoamento na Alta Idade Média e começou a ressurgir no final da Idade Média até chegar ao Renascimento.
Ao contrário, Constantinopla foi covardemente atacada pelos turcos e passou a sediar o Império Otomano, em 1453.
Constantinopla ou Istambul preservam a construção lendária da Catedral de Santa Sofia, construída pelo Imperador Justiniano.
Atualmente, a cidade está construindo um novo aeroporto, já em utilização, que tem trazido preocupações à comunidade internacional tanto no sentido trabalhista, quanto no sentido ambiental.
Provavelmente, mais de 500 homens morreram nas obras do novo aeroporto, em busca de redução de prazo, segundo “Lifo.gr”. Para a construção do aeroporto foram cortadas mais de dois milhões árvores, às margens do Mar Negro.
Não existe na Turquia qualquer controle para preservação das florestas, com licenças para construção facilmente emitidas.
Enquanto se aproxima de todas as regiões do planeta com o novo aeroporto, a Turquia se afasta das melhores práticas ambientais e trabalhistas e se distancia da possibilidade de se associar à União Europeia.
________
José Alencar Galvão de França
Formado em Direito pela USP, especialista em Direito Romano pela Universidade de Roma, “La Sapienza”
