Segundo as pesquisas realizadas pelo italiano Graziano Ranocchia, Platão foi enterrado nos jardins da Academia de Atenas. Esta descoberta importante é decorrente de uma nova leitura dos papiros de Herculano, cidade localizada próximo à Nápoles.
Mais precisamente, Filodemo Epicurista deixou a História da Academia em um papiro. O papiro, ainda que tenha sido carbonizado pela erupção do Vesúvio em 79 d.C, que destruiu igualmente Pompeia e Herculano foi encontrado no século XIX e lido em 1991. Recentemente reexaminado graças a um “olho biônico” adicionou a leitura de 1.000 palavras ao que já tinha sido compreendido, ampliando a leitura do texto em 30%.
O conjunto da atual pesquisa começou há três anos e durará até 2026. Os pesquisadores italianos confirmam que Platão foi vendido como escravo na Sicília, para onde teria ido se refugiar logo após a morte de Sócrates. Provavelmente, o barco mercante onde se encontrava foi capturado por piratas no percurso.
Um siciliano, ao identificar Platão, pagou sua libertação em Siracusa. Platão tentou ainda orientar o governante de Siracusa e em seguida, voltou para Atenas.
Em 1.855 foram encontrados 1.800 papiros, muitos com textos filosóficos de Filodemo. A maioria deles se encontra na Biblioteca Nacional de Nápoles. Alguns não puderam ser decifrados e até hoje 340 foram lidos satisfatoriamente.
Platão foi muito econômico ao falar de si mesmo, consequentemente, as novas informações foram extremamente celebradas.
Considerado um dos grandes sábios da Antiguidade, juntamente com Sócrates e Aristóteles, Platão é considerado um precursor do Cristianismo.
Segundo o biógrafo Robin Waterfield, “Platão criou uma Filosofia espacialmente tão ampla que pode comportar todas as contradições”.
O mundo acadêmico comemora que Platão pode então descansar merecidamente no local que mais valorizou: a Academia, havida como a primeira Universidade do Ocidente.
Platão fazia questão que seus alunos tivessem posições antagônicas e prezava o Princípio do Contraditório.
Ben-Hur, um Conto de Cristo foi publicado em 1.860 por Lew Wallace e ficou famoso pelos filmes épicos que o sucederam a partir da emocionante corrida de bigas em Jerusalém.
Fonte: www.lifo.gr 22/04/2024
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José Alencar Galvão de França, formado em Direito pela USP e especialista em Direito Romano pela Universidade de Roma “La Sapienza”