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quinta-feira 28 novembro 2024
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SP amplia vacinação contra gripe para toda população a partir da próxima segunda-feira, 12

Campanha para os grupos prioritários se encerra nesta sexta-feira, 9; cobertura está abaixo de 65%, mas meta é de 90%

O Estado de São Paulo decidiu ampliar campanha de vacinação contra a gripe a partir de segunda-feira, 12. Com término da campanha dos grupos prioritários nesta sexta-feira, 9, as doses remanescentes poderão ser aplicadas em pessoas de outras faixas etárias.

Conforme balanço desta segunda-feira, 5, 8,4 milhões de doses foram aplicadas nos públicos-alvo, correspondendo a uma cobertura vacinal de 45,9%, entre um total de 18 milhões de pessoas que integram as categorias indicadas na campanha. Com exceção dos indígenas – único grupo a atingir 100% de cobertura -, todos os demais públicos têm coberturas inferiores a 65%.

Assim, a expansão para a população em geral foi definida pela Secretaria de Estado da Saúde em conjunto com os municípios e permite que mais pessoas se protejam contra o vírus Influenza.

“Contamos com a participação de todos que integram estes públicos para que procurem os postos até esta sexta-feira, 9, e garantam sua proteção contra a gripe.
Estas pessoas ainda terão prioridade a partir do dia 12, mas toda a população poderá se vacinar enquanto houver doses disponíveis na rede”, diz a médica da Divisão de Imunização da Secretaria, Helena Sato.

Etapas

Visando reduzir aglomerações para reforçar a prevenção à COVID-19, o cronograma da campanha foi dividido em três etapas e, mesmo entre os grupos inseridos anteriormente e que ainda podem comparecer aos postos, ainda há baixa adesão.

A primeira etapa começou em 12 de abril, voltada a 5,5 milhões de pessoas. Desse total, somente 3,1 milhões aderiram à campanha até o momento, somando 2 milhões crianças 64,1% de cobertura vacinal), 234,8 mil gestantes (53,7%), 850,1 mil profissionais da saúde (54,7%) e 44 mil puérperas (62,6%). Também foram vacinados 6,6 mil indígenas, plenamente alcançados com a campanha.

Outras 7,8 milhões de pessoas estavam incluídas na segunda etapa, realizada a partir de 11 de maio. Somente 4 milhões procuraram os postos até o momento. Entre os idosos, que tradicionalmente têm alto engajamento na campanha, foram aplicadas 4 milhões de doses, o que equivale a apenas 55,2% da cobertura vacinal. Também foram imunizados 289 mil professores, com 53,1% de alcance (confira abaixo dados por região).

Esta terceira e última etapa da campanha, que começou no dia 9 de junho, previa 5,1 milhões pessoas com comorbidades e com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual e mental ou múltipla); caminhoneiros, trabalhadores portuários e de transporte coletivo; profissionais das forças armadas, de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade e jovens e adolescentes sob medidas socioeducativas. Porém, até hoje (5), somente 881 mil pessoas destes grupos se imunizaram.

Seguindo a legislação, devem ser priorizados nas salas vacinais os idosos com mais de 80 anos e há triagem diferenciada e orientações para quem apresentar sintomas respiratórios.

O Instituto Butantan disponibiliza ao Brasil 80 milhões de doses da para a campanha nacional, com produção integral do imunizante e sem necessidade de importação de matéria-prima. O imunizante deste ano é constituído por três cepas de Influenza: A/Victoria/2570/2018 (H1N1)pdm09; A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).

Em 2020, o Estado de São Paulo registrou 809 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) atribuíveis ao vírus Influenza e 119 óbitos.

“A gripe e a COVID-19 são doenças respiratórias que circulam simultaneamente aqui no Estado. Por isso, toda medida preventiva é necessária para cuidar de si e do próximo. A vacina é totalmente segura e não causa gripe, pois é composta apenas de fragmentos do vírus que garantem a devida proteção”, complementa Núbia.

COVID-19

Quem está nos grupos da campanha de gripe e também estiver entre os públicos da vacinação contra COVID-19 deve respeitar um intervalo de 14 dias para receber doses destinadas a prevenção contra estas doenças.

Se houver interesse em intercalar o cronograma, como o imunizante contra o novo coronavírus é aplicado em duas doses, é possível receber a primeira, aguardar 14 dias para receber a da gripe, e depois esperar no mínimo mais 14 dias para receber a segunda dose contra COVID-19.

Respeitando os protocolos de prevenção, as salas de vacinação deverão manter organização do ambiente e evitar aglomerações, com distanciamento entre mesas e profissionais e pacientes, além da disponibilização de álcool para higienização das mãos.

A aplicação da vacina contra a gripe deve ocorrer em sala distinta da reservada para imunização contra COVID-19.

Os profissionais estão orientados a fazer triagem com identificação de paciente com sintomas respiratórios, como tosse, coriza e falta de ar. Os que apresentarem apenas tosse ou coriza poderão receber a vacina, com a orientação para procurar um serviço de saúde. A mesma recomendação será dada aos que apresentarem febre ou mau estado geral, e neste caso a aplicação da vacina precisará ser reprogramada até a recuperação do quadro clínico.