O Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região) iniciou as negociações em defesa dos postos de trabalho na Gestamp. A empresa alega que está com excedente de funcionários, um reflexo das paradas na produção das montadoras.
A unidade da Gestamp Taubaté fornece autopeças para Volkswagen, GM, Toyota, Nissan, Honda e Fiat, que reduziram a montagem de veículos por conta da falta global de semicondutores. Essa queda na produção das montadoras provocou um efeito em cadeia que agora atinge a Gestamp.
O assunto foi discutido em plenária no Sindicato com os trabalhadores no domingo, 24. Na reunião, foi aprovado que o Sindmetau busque, junto à empresa, alternativas para tentar evitar demissões. A Gestamp alega que está com um excedente de cerca de 200 funcionários. Atualmente a empresa conta com 1.200 trabalhadores em Taubaté.
O presidente do Sindicato, Cláudio Batista, o Claudião, ressaltou que a mobilização dos trabalhadores será decisiva na defesa dos empregos. “Vamos negociar todas as medidas de flexibilidade e ver o melhor caminho para um acordo.”
O secretário adjunto de Administração e Finanças do Sindicato, Celso Ricardo dos Santos, o Celsinho, que trabalha na Gestamp, explicou que a negociação com a empresa já está em andamento. “A determinação sobre o excedente veio da direção mundial da Gestamp, na Espanha. Então as negociações devem ser mais difíceis.”
Semicondutores
Durante a plenária com os trabalhadores, Claudião disse que a redução na produção das montadoras é uma consequência da falta de semicondutores. “Já passamos pela crise do aço. Agora não sabemos até quando vai faltar semicondutores.”
A escassez de semicondutores tem provocado a paralisação de linhas de produção automotiva no Brasil e no mundo. Esse componente é a matéria-prima para produção de chips utilizados na montagem dos veículos.