O evento Nova Indústria Brasil e o Futuro do Trabalho no Vale do Paraíba, realizado pelo Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região) em parceria com os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e do Trabalho e Emprego (MTE), pode ter resultados positivos já nos próximos meses em Taubaté.
A afirmação é do presidente do Sindmetau, Claudio Batista, o Claudião. Ele revelou que durante o seminário, ocorrido no dia 19 de julho, duas empresas de Taubaté aprofundaram conversas com representantes do Governo Federal, com a meta de buscar alternativas que possam gerar novos investimentos.
“Essa oportunidade, com certeza, renderá frutos. E esse era o nosso objetivo, quando pensamos em realizar o seminário: aproximar as empresas do Vale do Paraíba do programa Nova Indústria Brasil”, destacou Claudião.
O primeiro painel do seminário teve o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, do MDIC, Uallace Moreira Lima, que apresentou o programa Nova Indústria Brasil (NIB). A iniciativa foi articulada em seis missões para desenvolver todos os setores do parque industrial brasileiro.
“O compromisso do presidente Lula e do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin é ter a indústria como vetor de desenvolvimento. Há a compreensão, muito clara, do atual Governo Federal, de que não existe desenvolvimento sem indústria”, declarou Uallace.
O secretário do MDIC também explicou que a meta da política industrial é colocar o Brasil na fronteira do desenvolvimento, com o objetivo final de gerar emprego e renda.
Outro representante de Brasília no evento, o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Francisco Macena, ressaltou que o setor já apresenta sinais de recuperação.
“Depois de vários anos, o emprego na indústria começa a crescer. A partir disso, vamos iniciar a discussão sobre o que é a indústria do futuro, as ocupações do futuro e a qualificação para essa mão de obra.”
Especialistas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) também participaram do seminário. As duas instituições são as executoras dos recursos oferecidos pelo Nova Indústria Brasil.
O economista do BNDES, Claudio Leal, explicou que o banco atende empresas de qualquer porte. “Temos um amplo leque de instrumentos, que envolvem operações de crédito para grandes empresas em projetos de inovação, de pesquisa e desenvolvimento, de plantas pioneiras e de difusão tecnológica para médias e pequenas empresas”, afirmou.
Já o gerente do departamento operacional da Finep em São Paulo, José Henrique Pereira, destacou que, além dos financiamentos, a agência também trabalha com subvenção econômica, que são recursos que não precisam ser devolvidos. “Hoje temos mais de dez chamadas públicas abertas no site da Finep, totalizando quase R$ 2 bilhões de subvenção econômica”, apontou.
O programa Nova Indústria Brasil (NIB) já liberou R$ 78 bilhões em recursos por meio do BNDES e da Finep. Na região, o programa já foi utilizado por empresas com unidades em Taubaté, São José dos Campos, Jacareí, Pindamonhangaba e Cruzeiro, entre outras.
O seminário contou ainda com um painel sobre a realidade e o potencial industrial do Vale do Paraíba. As palestras foram ministradas pelo gerente de análise econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Marcelo Souza Azevedo, pelo diretor de relações sindicais do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Victor Pagani, e pelo pesquisador da Unitau (Universidade de Taubaté), Edson Trajano.
O prefeito de Taubaté, José Saud, e outras autoridades também participaram do evento. O público contou ainda com representantes de sindicatos, entidades, instituições, professores, estudantes e trabalhadores.
O seminário Nova Indústria Brasil e o Futuro do Trabalho no Vale do Paraíba integrou as atividades de comemoração dos 65 anos do Sindmetau, entidade que representa mais de 13 mil metalúrgicas e metalúrgicos na região de Taubaté.