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domingo 17 novembro 2024
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Sincovat é contra à proposta do setor de cartões de crédito que prevê o fim dos parcelamentos sem juros

Segundo a Entidade, as formas de pagamento devem ser definidas pelos empresários, por se tratar de uma estratégia de negócio moldada de acordo com o fluxo de caixa e a conveniência dos clientes
O Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região) e a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) são contrários à proposta do setor de cartões de crédito que prevê o fim dos parcelamentos sem juros na aquisição de bens e serviços. A proposta, apresentada ao Banco Central no início de janeiro, prevê que as empresas de cartões passem a oferecer modelos similares a crediários para seus clientes como forma de parcelar suas compras e que o prazo de pagamento aos lojistas seria reduzida de 30 para cinco dias.
Para o presidente do Sincovat, Dan Guinsburg, no entanto, cabe aos varejistas definir suas práticas de negócio, desde que ajam dentro da lei. “Cada comerciante sabe da sua necessidade. Então, cabe a ele definir como cobrar, considerando sua capacidade, seus parceiros e a conveniência de seus clientes”, comenta Dan.
O mercado seria responsável, portanto, por definir as condições em que opera. O presidente do Sincovat afirma que interferências do Estado em operações de negócios privados, por pressão de algum setor ou por definição governamental, tendem a gerar resultados prejudiciais ao comércio.
Ainda assim, caso a medida seja implementada, a FecomercioSP e o Sincovat defendem que o recebimento das vendas pelo lojista seja realizado no dia seguinte à operação, em vez de cinco, após a venda, conforme especulado, uma vez que os consumidores arcarão com os juros da operação.
As Entidades reforçam que as políticas econômicas devem ser desburocratizadas. Até recentemente, por exemplo, os varejistas eram impossibilitados de oferecer condições diferenciadas de pagamento em compras em dinheiro e no cartão. Essa impertinência legal foi combatida, pois prejudicava os clientes e empresários que eram impedidos de, em comum acordo, fazer negócios melhores para ambos. Hoje, o comércio se beneficia dessa flexibilidade.