Implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o tema central do encontro “Saber em Ação”, que reúne, também, outros 2100 agentes educacionais da rede de ensino. Somente em 2019, o SESI-SP atenderá cerca de 95 mil alunos.
O SESI-SP abriu o ano letivo ontem, segunda-feira, 21 de janeiro, para a realização de uma semana formativa com os cerca de 4300 professores de sua rede escolar. Ciente à necessidade de discussões quanto aos princípios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – determinante do conjunto de aprendizagens essenciais a que todos os estudantes têm direito-, a instituição coloca a implementação do documento normativo como tema principal da capacitação.
Escolas em rede dedicadas aos estudos para a aplicação integral da BNCC
Durante cinco dias consecutivos (de 21 a 25/1), os profissionais das 154 escolas SESI, espalhadas por todo o Estado de São Paulo, se dedicam a pensar e a debater todas as questões que refletem no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Por esse motivo, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento homologado em 2018 pelo Ministério da Educação, é o tema central do primeiro dia de capacitação e permeará todos os demais.
Na prática, a rede escolar do SESI-SP desenvolve um trabalho além do determinado na Base, por atuar numa concepção sociointeracionista – teoria de aprendizagem com o foco na interação, em que se considera o conhecimento do aluno o ponto de partida para o enriquecimento dos saberes. Nesse sentido, o momento, então, é de reflexão a respeito das ações já aplicadas pela instituição, além da realização das adequações necessárias.
“A nossa concepção engloba o ensino, aprendizagem e pesquisa, e vai além das orientações realizadas pela BNCC. Há adaptações a serem feitas, além do desafio de evidenciar nosso trabalho voltado para questões como autocontrole, responsabilidade, empatia, entre outras habilidades e competências gerais apontadas como primordiais na BNCC”, explicou a gerente de Educação Básica Interino do SESI-SP, Ivy Daniele Gavazzi Sandim. “Em 2018, nos dedicamos a estudar o documento. Em 2019, a proposta é implementá-lo em sua totalidade”.
Valorização dos profissionais de educação é uma das prioridades do SESI-SP
Além dos docentes, também participam da formação em rede, outros 2100 profissionais atuantes na rede escolar da instituição. São eles, desde diretores, coordenadores pedagógicos, inspetores e bibliotecários a analista de informática e estagiários. Isso porque o SESI-SP reconhece a todos como contribuintes em potencial no processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
A formação dos professores ocorre durante todo o ano letivo, mas o encontro anual é o grande marco. Partindo do princípio de uma gestão escolar democrática, quando o SESI-SP insere todos esses profissionais na construção dos saberes, é capaz de atender às determinações do documento normativo (BNCC) alinhado às suas próprias metodologias. “Esses profissionais, multiplicadores de conhecimentos, precisam estar entusiasmados com o trabalho que vão desenvolver no SESI-SP, além de integrados, assim poderão alinhar os olhares quanto aos indicadores de aprendizagem. Todos os temas gerados no Saber em Ação – 2019 tem por objetivo gerar mudanças de atitude por parte desses agentes educacionais. E dentro da sala de aula, uma nova visão do aluno, sendo protagonista de sua aprendizagem, além da interação da família, que se sente acolhida e participante da educação. Quando essa mudança ocorre, temos a certeza que a formação gerou bons frutos, evidenciados com a melhoria da aprendizagem de nossos alunos”, afirmou Ivy Sandim.
As temáticas da semana de formação aplicadas em sala de aula
Desde 2017, a ação docente da rede escolar SESI do Estado de São Paulo atende ao princípio da interdisciplinaridade, ou seja, quando um mesmo assunto ou temática é abordado em duas ou mais áreas do conhecimento. Uma possibilidade de conectar o ensino dos componentes curriculares base a temas atuais, possibilitando aos alunos os estudos de acordo com a realidade do mundo em que vivem. “É uma oportunidade de desenvolvimento do pensamento crítico, da comunicação, da cultura digital, da argumentação. Percebemos, ano a ano, os temas em evidência e que precisam, sim, de maior investimento do SESI. Abordamos primeiramente com os professores, que depois mediam os aprendizados em sala de aula”, explicou.
Nesse sentido, assuntos atuais como Fake News, liberdade de expressão e diversidade estão entre os que serão trabalhados com os alunos em 2019, de acordo com a série/ano cursada. Tudo fundamentado em documentos, caso da Constituição de 88, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, além dos princípios educacionais do próprio SESI. Falar dessas temáticas, para a instituição, é uma questão de respeito e integração da escola além de seus muros. É entender que o aluno, a família e a sociedade fazem parte de nossa escola.
“Gerar conhecimentos por meio de temáticas que interessam ao aluno é uma possibilidade de incentivar o protagonismo juvenil. E o SESI trabalha justamente para que esses estudantes possam transformar a nossa sociedade de forma assertiva, que saibam escutar, tenham liderança, responsabilidade social e entendam suas potencialidades”, finalizou a gerente de Educação Básica Interino do SESI-SP, ressaltando que, somente em 2019, serão atendidos cerca de 95 mil alunos de todos os ciclos (Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio), sendo cerca de 7.800 ingressantes no 1º ano.