Por Roberto Ravagnani
Sou só eu ou o relógio parece andar mais rápido com o passar do tempo?
Creio que a maioria das pessoas senti um pouco isso, há cientistas que dizem que está mesmo andando mais rápido, mas não quero aqui causar polemica ou desespero. Minha intenção com isso é mostrar ou na verdade fazer uma alerta, para que, se não colocarmos os nosso compromissos em agendas, vamos ser consumidos por essa correria e pela tecnologia, que dizem veio para facilitar a vida, mas na verdade ela veio também para conturbar mais um pouco.
Ok, mas e o que tem isso a ver com o voluntariado? Simples, o trabalho voluntário pode ser uma válvula de escape, uma forma de descomprimir nossa pressão diária.
Creio que pode parecer um pouco frio em fazer uso do voluntariado para fins pessoais, mas não podemos nos esquecer que o voluntariado é uma via de mão dupla, tem que ser bom para quem faz e para quem recebe.
Apesar disso ser fato, muitos ainda tem uma visão mais literal, mais poética desta atividade, e está tudo certo, minha visão é mais moderna, mais utilitária. Vivemos em uma sociedade que todos de alguma forma querem ser reconhecidos, preferencialmente de forma material, mas todos nós gostamos de fazer algo com propósito e se tivermos algo em “troca” melhor. Isso não é um absurdo, vivemos em uma mundo capitalista e por que isso seria diferente no voluntariado?
Já que precisamos de uma “moeda” de troca, por que não esta “moeda” ser o conhecimento, a descompressão, o escape, para não “pirar”?
Esta é uma das possibilidades do trabalho voluntário, ser nosso refugio da sangria desatada do desenvolvimento e da corrida desenfreada em busca de sucesso, seja ele qual for que se busca, o voluntariado é uma forma de freio momentâneo para colocar as ideias no lugar e logo depois voltar a realidade, mas de forma mais leve e consciente dos nossos verdadeiros desejos.