O Dr. Paulo Sales, Pneumologista do Hospital Albert Sabin, fala sobre a necessidade do acompanhamento médico após a infecção pelo novo coronavírus
Mesmo após semanas ou meses recuperados da infecção pelo coronavírus, muitos pacientes precisam receber acompanhamento médico devido às diversas sequelas que a doença pode causar. “A síndrome pós-covid afeta crianças e adultos e pode resultar em sequelas pulmonares, neurológicas, distúrbios psiquiátricos, dores do corpo (mialgia) e outras consequências”, explica o Dr. Paulo Salles, Pneumologista do Hospital Albert Sabin de SP (HAS).
Na parte respiratória, a mais afetada pelo pós-covid, as complicações frequentes são tosse, dificuldade ao respirar, falta de ar e cansaço. Tais sintomas podem desaparecer após algum tempo, contudo, se forem persistentes, são considerados sequelas e devem receber atenção médica especializada.
Os tratamentos consistem na vigilância e na diminuição dos sintomas e desconfortos respiratórios. Muitas vezes, são realizados exames laboratoriais e de imagens para o correto diagnóstico da doença, tal como seu grau. Uma temida complicação da COVID- 19 é a fibrose pulmonar.
“A fibrose pulmonar é como um “endurecimento” do pulmão. O órgão perde a sua vitalidade e a sua capacidade respiratória, gerando, progressivamente, falta de ar, que pode persistir durante meses, anos ou até para o resto da vida”, adverte o Dr. Salles.
O tratamento se dá através de medicamentos, como corticoides e imunossupressores, suplementação de oxigênio, reabilitação pulmonar e até, em casos extremos, transplante de pulmão.
Importante esclarecer que tanto as sequelas citadas, quanto muitas outras, ainda estão sendo estudadas por médicos e cientistas. Por tratar-se de uma doença nova e com algumas variantes, os casos são analisados, diagnosticados e tratados individualmente.
“No mais, apresentando qualquer sintoma, o paciente deverá procurar assistência médica especializada o mais breve possível. Como muitas outras, as doenças pulmonares respondem melhor aos tratamentos quando diagnosticadas precocemente”, finaliza o médico do HAS.
Escute o Dr: https://youtu.be/bxAMRoABBV8