A obesidade é uma doença crônica, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo. Obesidade não é o que se vê no espelho ou se mede na balança.Para além do controle, é preciso evitar outras complicações que aparecem com o tempo e resultam em uma menor expectativa de vida.
A obesidade não é simplesmente uma conseqüência da falta de força de vontade. Por causa de uma série de fatores: hormonal, inflamatório, medicamentoso, genético, pessoas com obesidade não costumam ficar satisfeitas com a mesma quantidade de comida que as pessoas de peso considerado adequado. O aumento de peso pode estar ligado a questões emocionais e à qualidade de vida como: baixa autoestima, preconceito, depressão, ansiedade, insatisfação com o corpo e dietas não saudáveis.
Os estudos científicos tem mostrado que, nos últimos vinte anos, o número de crianças e adolescentes com obesidade e sobrepeso quase dobrou no mundo.
Observando-se as mudanças causadas pela tecnologia no estilo de vida dos mais jovens. As atividades e brincadeiras ao ar livre, por exemplo, perderam espaço paar telas e jogos eletrônicos.
Os hábitos alimentares também mudaram. Hoje se consome mais alimentos ultraprocessados/processados ou fast-food, que ficaram mais acessíveis. Muitas vezes crianças e adolescentes consomem menos alimentos saudáveis.
O excesso de gordura no corpo pode desencadear ou agravar muitas doenças, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares (hipertensão, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca congestiva e embolia pulmonar), apneia do sono, alguns tipos de câncer, problemas de fígado e de circulação sanguínea. Em mulheres, a obesidade também aumenta o risco de infertilidade.
A obesidade em mulheres está aumentando em números alarmantes.
É necessário encarar a obesidade como uma doença séria, cujo tratamento deve ser individualizado e contínuo. Além disso, expõe o estigma pelo qual passa a pessoa com obesidade, retardando a busca por assistência médica.
Uma das graves causas da obesidade está no sedentarismo. O sedentarismo é caracterizado pela falta de atividade física no ser humano, não somente no caráter da prática esportiva, mas em toda sua amplitude, fazendo com que a saúde da pessoa entre em declínio e esteja mais suscetível ao surgimento de patologias.
Devido ao grande comprometimento que a mesma pode ocasionar, considera-se atualmente com um problema de saúde pública e por muitos profissionais da saúde, também é considerada como o mal do século.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população global fosse mais ativa. As diretrizes da OMS recomendam pelo menos 150 a 300 minutos de atividades aeróbica moderada a vigorosa por semana para adultos, incluindo pessoas que vivem com condições crônicas ou deficiências, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes. Os idosos, com 65anos ou mais, devem realizar atividades físicas que enfatizem o equilíbrio e a coordenação, bem como o fortalecimento muscular, para ajudar a prevenir quedas e melhorar a saúde. A OMS visando combater o sedentarismo publicou um guia.
Nos últimos tempos tem-se percebido que o estímulo dado às pessoas para que se movimentem tem aumentado gradativamente. O acometimento do indivíduo por conta do sedentarismo pode trazer a diminuição de funcionalidade em sua globalidade além de diminuir as chances de mortes prematuras por conta da vulnerabilidade da saúde.
Pra que os hábitos sedentários sejam deixados de lado, as pessoas devem ter consciência de que a atividade física deve ser introduzida na rotina de forma gradativa. A prática de exercícios consegue melhorara saúde e a sensação de bem-estar ao ficarem moderadamente ativas desde que seja de forma regular.
Prof. José Pereira da Silva