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segunda-feira 25 novembro 2024
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Se eu morrer amanhã!

A morte é realmente um enigma. E constatamos essa teoria quando
vivenciamos situações atípicas. Tempo atrás, por exemplo, presenciei no enterro da mãe de um amigo um diálogo que trata da insignificância da vida perante a morte.
Assim que o caixão entrou na sepultura , apareceram dois sacos plásticos. Neles continham restos mortais dos familiares.
Alguém me chamou e disse:
__Preste bem a atenção neles, são as ossadas. É tudo que sobra da gente, no fim da vida.
Outro amigo, passando por outros túmulos comentou que tinha muitos conhecidos próximos sepultados neste cemitério . Muitos deles morreram ainda jovens. E, em seguida, comentou:
__Quando idoso , o sono eterno pode ser bem-vindo. O corpo já não acompanha a mente, sem falar que já não existem muitas coisas guardadas nas gavetas.
Para ele morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Quem já viveu a vida, descansou. Mas, quando jovem dá para refletir a respeito desse assunto. Morrer cedo é um exagero.
Argumentando sobre a morte, disse a ele:
__Nós somos seres espirituais em busca de experiências matérias, e não viemos a passeio na terra.
Nesse cemitério, como em muitos , existem os mais ricos , que não aproveitaram a vida . Alguns até vivendo na miséria material e, às vezes, na miséria espiritual.
Há quem diga que morrer é ridículo e pode ocorrer de súbito. Numa situação inexplicável ela vem de forma avassaladora. E a gente questiona:
“A troco de que você estudou muito, fez faculdade, praticou exercícios físicos até perder o folego e, de uma hora para outra, tudo isso termina num encontro com um bandido ,que te assalta e, além de te roubar ,faz um disparo com uma pistola, porque gostou do seu relógio”.
É como se estivesse numa festa e saísse sem se despedir de ninguém e sem aproveitar o melhor dela. Temos um carinho especial por nossas coisas e , de repente, outros são obrigados a mexer em nossas gavetas.
E sempre dizemos: Das minhas coisas cuido eu ! Que pegadinha maldosa!
Assim, me contou um amigo: Um casal tomou seu café pela manhã, quando do nada a esposa indagou ao marido:
__Se eu morrer antes de você, você se casaria de novo?
__Não! Respondeu o marido
__Eu te amo! Reforçou ele.
__ Como não! Você não gosta do casamento? Insistiu a esposa.
__Eu gosto muito !
__Então, porque você não se casa novamente ?
Respondendo ao questionamento incisivo da esposa, ele disse:
__ Então eu me caso!
Depois de uma pausa, a esposa perguntou ao marido:
__Mas se você casar, vai trazê-la para morar aqui em casa?
__Sim , vou trazer!
Outra breve pausa e ela perguntou:
__ Ela vai dormir na nossa cama?
__Sim, ela vai dormir na nossa cama!
__Ela vai usar as minhas panelas?
__Sim, ela vai ter que usar suas panelas.
Intrigada, a esposa fez sua última pergunta:
__Mas ela vai dirigir o meu carro?
Ele de subido respondeu:
__ Não!… Ela não sabe dirigir.