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sexta-feira 15 novembro 2024
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Satélite do Ibama não localiza manchas de óleo no oceano

O monitoramento de imagens de satélite da costa brasileira para investigar a origem das manchas de óleo no Nordeste não mostra indícios da substância na superfície marinha. O resultado da análise reforça a teoria de que o óleo, que já contamina 166 localidades, não veio boiando pelo oceano até atingir as praias, mas que estava submerso, o que dificulta a localização da origem do vazamento.

A informação foi obtida pelo G1 em entrevistas com servidores do setor de emergências ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em nota, o instituto confirmou apenas que “monitora as áreas atingidas utilizando imagens de satélite disponíveis e com sobrevoos” e que “não foram detectadas manchas de óleo visíveis.”

Um servidor da Coordenação-Geral de Emergências Ambientais do Ibama que não quis se identificar garantiu que, segundo a análise, é possível concluir que a mancha de óleo não chegou à costa brasileira pela superfície do Oceano Atlântico.

“Ela está vindo na coluna d’água, submersa e fora do mar territorial brasileiro. Isso é certeza. Neste caso não tem o que fazer em termos de monitoramento por satélite e todo o esforço com sobrevoos de aeronaves é sem sentido. O Ibama não tem condições de fazer mais nada”,

Após a análise de imagens de satélite, um servidor do Ibama acredita que há apenas duas hipóteses ainda possíveis.

“Ou houve um naufrágio e o óleo está sendo liberado a partir do fundo do mar ou algum navio teve uma avaria e foi preciso despejar sua carga, o que é aceito pelas normas de navegação, pois a prioridade é a salvaguarda dos tripulantes. Nas duas situações o transporte estava sendo feito de maneira clandestina, porque esses acidentes deveriam ser comunicados às autoridades. Agora, cabe à Marinha investigar”

Camaçari Notícias