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domingo 22 dezembro 2024
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São Paulo ultrapassa meio milhão de casos e 22 mil mortes por Covid-19

Estado deixou de fazer balanço dia 28, por problemas em sistema nacional

O estado de São Paulo contabiliza 514.197 casos confirmados de Covid-19, com 22.389 mortes, segundo balanço divulgado ontem(29) pelo governo.

No dia 28, pela primeira vez desde o início da pandemia, São Paulo deixou de divulgar o balanço diário de casos sobre o novo Coronavírus. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, foi preciso fazer um reprocessamento de dados após um problema encontrado no sistema do Ministério da Saúde.

“Diariamente, a pasta divulga os dados extraídos a partir dos dois sistemas oficiais do Ministério da Saúde para notificação por parte dos serviços de saúde e municípios: o e-SUS, onde são notificados os casos leves, e o SIVEP, onde são cadastrados os casos graves e óbitos”, afirmou a secretaria.

“Em virtude da inserção de novos campos no sistema SIVEP por parte do Ministério da Saúde, as equipes estaduais estão trabalhando na readequação da rotina de extração das informações deste sistema, uma vez que as alterações impactaram no processo de extração automatizada realizada diariamente pela pasta estadual”, completou.

Procurado pela Agência Brasil, o ministério informou que o sistema de registro de notificações, o e-SUS Notifica, “não apresentou nenhuma indisponibilidade ou lentidão na terça-feira (28)”. O ministério informou também que a secretaria da Saúde de São Paulo informou ter tido dificuldades para exportar a base de dados a tempo de atualizar o painel nacional e que, por isso, esses dados só seriam atualizados no dia 29.

Balanço

Na coletiva de ontem, dia 29, o estado paulista divulgou o balanço que deveria ter sido divulgado dia 28. Segundo os dados, São Paulo tinha, até o dia 28, 500.301 casos confirmados, com 22.059 óbitos.
Com isso, em 24 horas, o estado contabilizou 13.896 novos casos confirmados, com 330 novos óbitos. Foi o segundo maior número de novos casos registrados pelo estado em apenas um dia. O recorde diário ocorreu em 22 de julho, com 16.777 novos casos.

Segundo o governo paulista, o aumento no número de casos registrados diariamente se deve, principalmente, à maior capacidade de testagem no estado, já que não estão sendo observados aumentos de mortes ou de internações pelo novo coronavírus.

O aumento no número de testes, de acordo com o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, tem impactado também na média móvel de casos, calculada a partir da soma de todos os novos casos semanais e a divisão pelo número de dias.

Hoje, a média móvel está em torno de 10,7 mil novos casos por dia no estado. “Aumentamos a média móvel. Se perceberem, nas últimas semanas era mantido uma média entre 6 mil ou 7 mil novos casos por dia. E, a despeito do represamento de novos casos, a média móvel modificou. Uma das possibilidades que estamos avaliando é a questão da testagem. De abril a junho aumentamos em 500% o número de testes feitos, com média de 28,5 mil testes por dia”, destacou.

Segundo o coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, o aumento de testagem no estado é importante para evitar aumento de mortes.

“São Paulo está aumentando o número de casos confirmados, mas está reduzindo o número de internações hospitalares exatamente pela possibilidade de identificação e isolamento das pessoas que são portadoras do vírus”, justificou.

“Se os prefeitos acharem que para seus indicadores não piorarem é melhor não testar, eles serão surpreendidos futuramente não com aumento do número de casos, mas de internações e de óbitos. Essas medidas de testagem são necessárias mesmo que, com isso, tenhamos aumento de casos confirmados. Não devemos nos assustar com esse aumento de casos confirmados. Isso será a prevenção para não termos mais internações e, com isso, reduzirmos os óbitos”, disse.

Há 5.214 pessoas internadas em todo o estado em estado grave, em casos confirmados ou suspeitos do novo coronavírus. Há também 7.391 pessoas internadas em enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) está em torno de 65,5% no estado e de 63,3% na Grande São Paulo.