Em 11,53% do território paulista aconteceu seca extrema na divisa com Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Áreas com seca grave e seca extrema cobriram cerca de 55% do estado.
A última atualização do Monitor de Secas aponta que em São Paulo, em janeiro, houve um avanço da seca grave na porção central do estado em consequência das chuvas abaixo da média e da piora nos indicadores. Em contrapartida, houve atenuação da seca no sudoeste paulista, onde passou de grave para moderada. Desde novembro de 2020, entrada de São Paulo no Mapa do Monitor, 100% de seu território registra seca.
Entre dezembro e janeiro houve uma elevação da área com seca grave (de 32,56% para 43,41%). Além disso, São Paulo teve a maior área com seca extrema no Brasil no Mapa do Monitor de janeiro (11,53%). Os impactos são de curto prazo no Vale do Paraíba; de longo prazo no sudoeste e sudeste; e de curto e longo prazo no restante do estado.
Em janeiro deste ano, as áreas com seca tiveram aumento em nove das 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas em comparação a dezembro de 2020: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro. Já em 13 unidades da Federação, 100% de seus territórios registraram seca no último mês: Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O Piauí se manteve com cerca de 92% de sua área com seca em relação ao mês anterior. A redução de áreas com o fenômeno aconteceu somente no Maranhão.
Em termos de severidade do fenômeno, 12 estados tiveram o agravamento da seca entre dezembro e janeiro: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Em outras quatro unidades da Federação, o grau de severidade da seca se manteve: Bahia, Distrito Federal, Maranhão e Rio de Janeiro. Por outro lado, em quatro estados aconteceu uma atenuação da seca: Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
No Nordeste, devido às chuvas abaixo da média e ao aumento das temperaturas em janeiro, houve leve piora na condição de seca, marcada pelo aumento das áreas com seca fraca e/ou moderada em parte do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Bahia. A porção de seca grave no norte de Sergipe também se expandiu, passando a influenciar parte do território alagoano. Por outro lado, houve uma pequena redução da área com seca moderada no Maranhão, devido à ocorrência de chuvas acima da normalidade.
Já no Sudeste houve piora do cenário, com o agravamento da seca em áreas de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. O Monitor também identificou o aumento de áreas com seca fraca em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Tanto as precipitações abaixo da normalidade quanto as temperaturas acima da média contribuíram para esse cenário. Apenas no sudoeste de São Paulo ocorreu melhora, com suavização da seca, devido às precipitações acima da média.
No Sul a atenuação da severidade da seca aconteceu nos três estados, devido às chuvas acima da normalidade nos últimos meses. Pelo mesmo motivo, houve mudança na linha de impactos, deixando grande parte do Paraná e Santa Catarina sob impactos somente de longo prazo.
Nas demais áreas cobertas pelo Monitor, em decorrência das precipitações abaixo da média, a seca grave avançou em Tocantins assim como a seca fraca passou a existir em 100% do Distrito Federal. Em contrapartida, ocorreu abrandamento do fenômeno em boa parte de Mato Grosso do Sul, devidos aos acumulados de chuvas acima da média.