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segunda-feira 25 novembro 2024
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São Paulo registra cerca de 1.050 casos novos de HIV/Aids em 2019

De acordo com o Ministério da Saúde, os homens continuam sendo os grandes responsáveis pela maioria dos casos de HIV, no estado

A capital São Paulo registrou cerca de 1.050 casos novos de HIV/Aids no ano passado. De acordo com o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, os homens continuam sendo a grande maioria dos novos casos, com 838 registros.
Segundo o médico sanitarista do Centro de Referência e Treinamento em IST/Aids de São Paulo, Artur Kalichman, os pacientes soropositivos, que têm ou não Aids, podem transmitir o vírus à outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e na amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção.
Por isso, ele conta que é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
“Uma coisa é ter HIV, outra coisa é ter Aids. O vírus vai destruindo o sistema imunológico, os glóbulos brancos e sem tratamento, sem nada, em média, 8 anos depois que uma pessoa pega HIV, ela fica com Aids. Hoje, não é para mais ninguém ter Aids, porque existe o teste. A pessoa faz o teste, quanto mais rápido ela fizer o teste e descobrir que tem HIV, melhor. Ela começa a se tratar e nem vai desenvolver Aids. Por exemplo, no caso de São Paulo, os casos de Aids e a mortalidade por Aids vem caindo já há muito tempo.”
O preservativo é o método mais conhecido, acessível e eficaz para se prevenir da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis, a gonorreia e alguns tipos de hepatite. Segundo o diretor do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Gerson Pereira, três municípios brasileiros já receberam o Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV. E um deles é São Paulo.
“Embora a gente tenha hoje essa boa notícia de certificar São Paulo como a maior cidade do mundo a eliminar a transmissão vertical, e ela conquistou isso porque o SUS é um sistema extremamente presente, os medicamentos presentes, as campanhas presentes; agora, não se pode relaxar, porque se não, você perde que você conquistou.”
Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o teste anti-HIV. Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e se proteja dessas ISTs e de outras, como sífilis e Hepatites. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.