Fernando Martins de Bulhões, nome de batismo do Santo português (1191-1195), Santo Antônio de Lisboa, padroeiro de Portugal. Começou a vida religiosa como frade da Ordem Agostiniana no convento de São Vicente de Fora na capital portuguesa.
Em Coimbra, ingressou no monastério de Santa Cruz onde estudou Direito, daí a razão de, também, ser conhecido como doutor da igreja. Em seguida, tornou-se franciscano e convidado por São Francisco de Assis para fazer pregações públicas na França. Santo Antônio possuía uma requintada formação educacional com influência filosófica de Cícero, Aristóteles e Sêneca. Foi na Itália, cidade de Assis, onde manteve contato com Francisco e seguidores.
Em Bolonha empenhou-se no ensino de Teologia na universidade local. Dentre as atribuições milagrosas de Santo Antônio, uma delas foi a aparição do Menino Jesus que se transformou em fato iconográfico ocorrido na Vida de Antônio.
Outro milagre aconteceu durante um evento em que ele pregava para um público estrangeiro, de diferentes línguas. Nessa ocasião, sua fala (mensagem) foi compreendida, no idioma de origem, de cada uma daquelas pessoas ali presentes.
No Brasil, a festa de tradição junina, litúrgica, dia 13 de junho é dedicada a Santo Antônio, Antônio de Lisboa ou Santo Antônio de Pádua. A invocação de seu nome pelos fiéis é para realização de um bom casamento, proteção aos lares, navegantes do mar, idosos e gestantes, entre outros. Conhecido como “santo casamenteiro”, teve sua canonização pela igreja católica no ano de 1232.
A fotografia dessa matéria é da Igreja de Santo Antônio em Lisboa, Portugal. É lá onde nasceu o Santo. A edificação do templo foi entre 1767 e 1787. Na fachada há elementos nos estilos barroco, rococó e neoclássico. No mesmo complexo ficam o Museu da Igreja, ao da Sé de Lisboa, ou Igreja de Santa Maria Maior. Para essa comemoração durante todo o mês de junho, especialmente, a partir da meia-noite do dia 12 de junho até o final do dia 13 de junho. Os arraiais se espalham pelos bairros típicos de Lisboa. Do Castelo de São Jorge à Mouraria, Graça, Alfama, e Bairro Alto. Com música no ar, os bailaricos dão vida ao ritmo das canções populares que se harmonizam à decoração das ruas coloridas.
Por Tibério de Sá Leitão