Catedral de Salta – Centro Histórico
Salta é capital da Província de Salta, Argentina.
Considerada uma das cidades mais importantes da região Norte do país.
A região de Salta é herdeira pródiga do período Inca e do passado colonial hispânico. Caracterizada pela sua diversidade de paisagens é composta de um território com formação de cores, contrastes e variações climáticas de montanhas, desertos andinos, selvas tropicais e vales. O legado da ancestralidade, de cultura local e arquitetônico forma a fisionomia humana e o espírito do povo Saltenho.
De Buenos Aires, para a cidade de Salta a distância é de duas horas de voo. Geograficamente, a região Saltenha faz fronteira com Bolívia, Chile e Paraguai. Localizada a leste da Cordilheira dos Andes, com 1.200 metros de altitude acima do nível do mar.
O colonizador espanhol Hernando de Lerma fundou a cidade de Salta em 16 de abril de 1582. A importância agrícola dessa zona deve-se à fertilidade do Vale de Lerma. Destaque para a produção de diversos tipos de grão, tabaco e cana-de-açúcar.
Originalmente, Salta foi chamada de, Sagta, em idioma indígena Aimará, que quer dizer Linda.
Pelos atrativos paisagísticos da cidade, vários aspectos proporcionam ao visitante impressões que fazem saltar de beleza emoções, à luz da lua, que bailam pelas ruas de La Linda.
No século 18, Salta era rota estratégica de comércio de minério entre Buenos Aires e as minas de prata da Bolívia.
O destaque da arquitetura colonial, em anos recentes, transformou a capital Saltenha em centro de turismo.
A Plaza 9 de Julio é o centro histórico da cidade. Ornamentada por palmeiras e rodeada de prédios com recovas (arcos) coloniais. É a única praça do país com essa característica. Considerada uma das praças mais bonitas da Argentina.
Atrações da Cidade de Salta
Iglesia de San Francisco – erguida de terracota (argila durável) durante o século 16. A construção atual iniciou a partir de 1870. O arquiteto Luis Giorgi reformou a fachada da igreja em estilo Neoclássico. Eleva a torre da igreja com 53 metros de altura, a maior da América do Sul. Em 14 de julho de 1941 foi decretado Monumento Histórico Nacional.
A Catedral de Salta – fachada em modelo italiano clássico com o interior da Basílica em estilo Barroco.
Esculturas Del Señor y La Virgen del Milagro do século 16. A construção foi declarada Monumento Histórico Nacional em 1947.
Em 25 de agosto de 1948, a cidade de Salta voltou a ser sacudida, mais uma vez, por um forte terremoto. Salva pela proteção do Senhor Bom Jesus e da Virgem do Milagre, segundo a tradição. O governo e o povo de Salta reconhecem e preservam esse testemunho de gratidão.
O Cabildo de Salta – de época colonial é o patrimônio mais antigo da Plaza 9 de Julio. No interior do Cabildo fica o museu da História do Norte Argentino.
Museu de Arqueologia da Alta Montanha – criado especialmente para abrigar múmias, peças arqueológicas e costumes.
A cesta é mantida diariamente como exemplo de herança da colonização espanhola no país. Hábito que não é comum nas metrópoles.
O agito noturno da cidade acontece no entorno da Plaza 9 de Julio e na rua Balcare onde ficam as peñas, casas de shows folclóricos, cafés e restaurantes de comidas típicas.
Humahuaca
A Quebrada de Humahuaca é um vale andino com 150 quilômetros de extensão, contornado por altas cadeias montanhosas, cortado pelo rio Grande, localizado a mais de 2.000 metros de altura na província de Jujuy.
Os povoados Quebradenhos do vale profundo ligam história e tradições de raízes ancestrais. Habitantes atuais são na maioria de etnia indígena Coya. O nome Humahuaca se origina do idioma dos povos Omaguacas. A Quebrada possui diferentes culturas ancestrais de 10.000 anos. É uma paisagem singular no mundo, visto que os povoados indígenas mantêm crenças religiosas, ritos, festas (carnavais) artesanatos, música, técnicas agrícolas e de irrigação que são um patrimônio vivo, motivo pelo qual, tornou-se em julho de 2003, Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
Parque Nacional Los Cardones – foi criado com objetivo de preservar o “cardón” um tipo de cacto de tamanho agigantado que cresce em terras andinas. Os cardones resistem a temperaturas extremas de calor e frio. São uma espécie de reservatório silvestre de água que se desenvolvem, florescem e retornam água ao próprio solo árido dessa região.
Situado em Pucará de Tilcara, em Jujuy, outra província ao lado de Salta. Pucará, em Quéchua, traduz-se por “Fortaleza” e Tilcara, nome do povo e da cidade da época pré-hispânica. Dentro dessa Fortaleza cercada de pedras, ficam o jardim botânico (cactos) e a pirâmide onde descansam os arqueólogos da Universidade de Buenos Aires. O museu arqueológico fica fora do parque, no centro da cidade de Tilcara.
Reza a lenda que nativos da região, segundo Pachamama, em Quéchua, Mãe-Terra: “criou esses enormes cactos representando Sentinelas, Índios de Braços Fortes, convertidos em plantas, que guardam as Quebradas (ravinas) pelo Norte do país. Para que seus moradores não sejam incomodados por estranhos e que vivam felizes.”
Tibério de Sá Leitão – Jornalista