A arte de arranjo floral é a definição de ikebana. Do termo japonês, “ike”, vem do verbo “ikeru” – arranjar, arrumar, como também, o verbo “ikiru” – alegrar com vida. E “hana”, com significado próprio de flor.
Originariamente, na Índia antiga, as ikebanas eram arranjadas como oferendas a Buda em cerimônias. Em seguida, essa arte milenar na montagem de arranjos com flores, de início, tornou-se popular no Japão.
No mundo, há relato a cerca de dois mil modos de ikebana, cada uma com sua definição e estilo próprio. As escolas de ikebana são oriundas do Japão. Sendo Ikenobo e Ohara consideradas as mais antigas. Sanguetsu e Sogetsu são academias contemporâneas.
A composição de arranjos florais com caules, folhas, água, vasos, texturas, artefatos de madeira, entre outros componentes. Isso proporcionará harmonia à decoração floral. Esse exercício de espírito é para qualquer pessoa que queira despertar, em si mesma, o conforto da Natureza. Independente de religião, poder aquisitivo, idioma ou raça, pode-se pôr em prática o imaginário artístico.
Os tons de verde das folhagens estão associados ao descanso mental. Do mesmo modo que o aroma de uma flor aquieta pensamentos. Já a água relaxa. Fluidos de boa qualidade se espalham em ambientes de salão, escritório, interior da casa pela exposição dos arranjos.
Optei por mais uma visita ao Bairro da Liberdade (SP). Um trabalho artístico (foto da matéria) – um ponto de apreciação – uma, pausa, das pessoas, no meio do agito da calçada pública, e, do aglomerado das barraquinhas de artesanato e comidas típicas, do bairro oriental, aos domingos.
Por Tibério de Sá Leitão