O campesino Porfírio Cloyo, artesão e facilitador ambiental do vilarejo de Chahuaytiri, Província de Pisac no Peru. Para o tecelão, o simples fato de contar a história da tradição Incaica, peruana, é algo que lhe causa grande entusiasmo. Alguns trechos da gravação, em Cusco, percebi que Porfírio também falava em Quéchua, língua falada pelos Incas.
Definir a origem de um dos povos pré-colombianos mais relevantes da História não possui uma procedência, plenamente, conhecida. Décadas de investigações histórico-arqueológicas foram realizadas por vários pesquisadores no decorrer de anos. Historiadores chegam a conclusão de que a Civilização Inca descendeu de um grupo étnico identificado como taipicala, e, migrado para a localidade próxima a Cusco, junto dos vales dos rios Urubamba e Huatanay em torno do ano 1200.
Essa explicação originária dos Incas mais estimada, atualmente, é devido a evidências arqueológicas de achados que confirmam fluxos migratórios naquele período. A partir desse ponto a civilização Incaica expandiu-se na região.
A Lenda de Manco Cápac e Mama Ocllo
Reza a lenda que habitantes da face norte do lago Titicaca existiam em condições primitivas de vida. Antropologicamente, sem uma definição de sociedade organizada em grupo.
Em um dia radiante, a deidade Solar, chamada de Inti, criou seres dignos de viver um processo evolutivo em comunidade.
O casal Manco Cápac e Mama Ocllo vieram ao planeta Terra para erguer o Império Inca na cidade de Cusco e civilizar povos. Segundo a mitologia, os dois ascenderam da névoa do lago Titicaca, no local da Isla del Sol, vestidos de belas roupas douradas com brilho de joias, portando cetro de ouro, cada um, rumaram em direção ao norte. Depois de fundar a cidade cusquenha, a ordem seguinte da divindade do Sol em relação à dupla era a de encontrar terras férteis para plantação e colheita com fartura, povoar e urbanizar vilas.
Eis que um dia, Manco Cápac e Mama Ocllo se depararam com o monte Huanacauri onde iniciaram a instalação do Império dos Incas em Cusco.
Na realidade, anualmente acontece bela festa cultural popular no monte Huanacauri.
Por Tibério de Sá Leitão