A definição ousada e criativa de Geladoteca. Uma mini biblioteca dentro de uma geladeira com livros, revistas, álbuns, brochuras e dicionários. Uma ideia a ser copiada e adaptada em bairros e cidades, por que não?
O melhor de tudo é que essa adaptação de um eletrodoméstico em desuso tem nobres finalidades – não esfriar a Cultura – exprimir arte, em cores, na pintura que envolve o exterior do objeto, exercitar o conceito de cidadania, aquilo que se destina ao público, respeitar, porque é do povo.
Educar com base em conceito de interesse coletivo. O estímulo à facilidade pelo bom hábito de ler.
O reaproveitamento de uma geladeira destinado à coletividade. Pois, a Geladoteca funciona no autosserviço, numa praça, preservada por moradores do entorno e público colaborador, situada no Conjunto dos Professores, na mesma localidade da igreja de Santo Agostinho, Capim Macio, em Natal (RN).
Doutor Francisco Fernandes Marinho, potiguar, natural da praia de Pipa, historiador e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, autor de livros relacionados à cultura do Estado.
Durante a produção dessa matéria, o pesquisador que atravessava a praça, movido de espírito acadêmico, me ofertou uma de suas obras que levava em mãos. Em seguida, ele voltou com livros para doação.
Pôr em prática uma ação de leitura em público é importante porém, antes, é reunir e formar um grupo interessado, consultar um centro comunitário e prefeitura do município para autorização.
O projeto funciona no formato de autogestão para a comunidade que passará a utilizar os livros, doar, arrecadar e zelar por aquele patrimônio comum a todos. Boa vontade por aquilo que se lê!
Por Tibério de Sá Leitão