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segunda-feira 23 dezembro 2024
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Santo Verbo – A Essência da Fotografia surge no Renascimento

Muitos de nós já deixamos marca de, pelo menos, uma de nossas mãos, em uma folha de papel, em branco, na escola ou em areia de praia. A impressão de uma mão espalmada, plena de tinta, em um teto de caverna, foi a marca primitiva da descendência humana.
Em um processo evolutivo e natural, pela vontade de retratar a natureza, fez crescer, incessantemente, o experimento em busca da perfeição pelo registro das coisas.
Exemplos notórios são vistos desde as esculturas, estátuas da Grécia. Essa procura pelo aprimoramento alcançou o auge no período do Renascimento. Grandes artistas da época como Michelângelo e Leonardo da Vinci utilizavam um artifício capaz de gerar profundidade e equilíbrio, dando ênfase à realidade ilusória, em suas obras de arte, a chamada de perspectiva artificialis. Simplesmente uma técnica, nesse caso, para levar o observador ao conceito de perspectiva – ver por meio de – uma percepção tridimensional ao olhar para uma imagem, um objeto bidimensional.
Durante o Renascimento ou Renascença, acontecimento Histórico Europeu entre fins do século XIV e o fim do século XVI. Tanto a ciência quanto à arte existiam, em parceria, a fim de encontrar a imagem irretocável.
Já a perspectiva, matematicamente, se propunha a usar cálculos de projeções de objeto em uma tela. Ainda no século XIX, esse mecanismo lógico foi incorporado às máquinas fotográficas.
Em 1824, na ocasião em que o Barão Von Langsdorff decide implementar uma expedição de cunho científico ao Brasil, priorizando a Amazônia. Ele estruturou essa ideia a partir de contratação de artistas para estampar sua jornada. Pessoas, fauna, flora e paisagens em geral foram registradas por Taunay, Rugendas e Hércules Florence, esse último, que teve a incumbência de ir em busca de desenhos científicos e menos artísticos. Mas pelo traçado do destino, ele descobriu a fotografia utilizando uma metodologia emancipada do método dos europeus. Isso aconteceu em Campinas (SP) no ano de 1833. Comentário à parte. O verde, símbolo de vida, talvez, tenha sido o botão que disparou, com esperança, em direção à descoberta de um inventor, desenhista, polígrafo e pioneiro da fotografia franco-brasileiro.
O infográfico dessa matéria é um esboço, de Albrecht Dürer, teórico de arte, matemático e ilustrador alemão que apresenta, em gravura, a perspectiva artificial – técnica que foi agregada à fotografia.

 

Por Tibério de Sá Leitão