Sagui – habitat das flores de Bougainville vermelho rosa – região
do Seridó – Rio Grande do Norte
Espécie de primata carismático encontrado nas demais regiões do país
Tibério de Sá Leitão – Jornalista
Em língua Tupi-guarani, “ça-cai”, quer dizer “olhos inquietos”. O termo
foi atribuído ao sagui, pelos indígenas, através da convivência e observação da
capacidade natural do primata, pelo reflexo preênsil. Preensibilidade, em
Biologia, é a capacitação que possuem as estruturas, tais como, tornozelos
(artelhos), dedos, mandíbula, língua, cauda e unhas em garras para ajudar o
mamífero a manter o equilíbrio do próprio corpo.
O Sagui-de-tufo-branco é identificado por ter uma “estela na testa” e
tufos brancos nas orelhas. Conhecido, também, por saguim, sangoim, sonhim e
sauí, primata da linhagem dos calitriquídeos, são chamados, popularmente, de
micos. Espécie que vive em um bando de, aproximadamente, seis saguis de
mesmo tipo.
As fêmeas atingem a idade madura aos 18 meses e os machos aos 24
meses. O tempo gestacional varia entre 140 dias e 160 dias. A reprodução é
em média de dois filhotes por uma ninhada.
A liderança do grupo é da fêmea mais velha. São macacos de pequeno
porte que chegam a pesar cerca de 400 gramas, provavelmente, os menores
do mundo; deles existem pouco mais de 35 espécimes no Brasil. Esses
mamíferos se alimentam de sementes, frutos, insetos e ovos das aves.
A fotografia do Sagui-de-tufo-branco realizei, no alvorecer, às 5h25min,
na zona do calor sertanejo.