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quarta-feira 27 novembro 2024
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Ruy Barbosa e o fanho

Diz a lenda que Ruy Barbosa ao chegar em casa ouviu um barulho
estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e o surpreendeu ao tentar
pular o muro, com seus amados patos. Enfurecido disse ao bandido:
___Oh, bucéfalo anacrônico! O interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
O ladrão ficou confuso e disse:
__ Dotô, eu levo ou deixo os patos?
Fato semelhante aconteceu em Taubaté com um fanho, conhecido por “Zé Larápio”, muito conhecido pelas bandas do Chafariz que também, numa bela noite, convidou seu comparsa para roubar galinhas.
Chegando numa residência, onde o muro era alto, o fanho disse ao companheiro:
___ Como eu sou magro, pulo o muro e você fica vigiando aqui de fora, enquanto eu roubo as galinhas.
Assim que foi em direção do galinheiro, que estava muito escuro, sem perceber pegou os pés de um pato, que logo grunhiu: QUÁ !
O comparsa, morrendo de medo da polícia chegar, pensou que era o fanho que se comunicava com ele. E, respondeu:
__Pega, quarquê um !