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quinta-feira 21 novembro 2024
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Rotary Club de Taubaté – Recursos Hídricos e as Tecnologias Sociais

Os indicadores socioambientais nacionais e internacionais emitem um alerta máximo diante da insustentabilidade da atual dinâmica do desenvolvimento no mundo. Concentrando as atenções mundiais nas mudanças climáticas, na energia e na segurança alimentar, e ganha uma proporção inédita a questão dos recursos hídricos esgotáveis cada vez mais, e sobre essa questão dos recursos hídricos é que precisamos falar e esgotar todos os debates e atenções urgente, não apenas neste período em que se dedica o dia 22 de Março ao dia Mundial da Agua, mas em todos os dias do ano. A começar, é necessário que ao se dizer agua, há que se entender corpo de agua, pois trata-se de um organismo vivo, e como tal, carente de perfeita harmonia com o todos seus componentes.

Considerada uma reserva mundial em termos de recursos hídricos, de biodiversidade e como bioma indispensável ao equilíbrio do meio ambiente mundial, as reservas florestais como, por exemplo, a do Brasil, em especial a região Amazônica, torna-se cada vez mais objeto de disputa de interesses contrários: atender a uma missão a ela imposta desde a época colonial, ou seja, fornecer matéria prima para o mercado internacional (madeira nobre, carne “verde” de pastagens em grande extensão, minério, energia na forma de grandes hidrelétricas e agro combustíveis) ou garantir a sua missão de equilíbrio no sistema mundial de meio ambiente (preservação, implantação, ampliação e conservação de reservas naturais, manejo sustentável de recursos naturais, entre outros).

No Estado de São Paulo entre outros, composto por importantes micro bacias hidrográficas, o Rio Paraíba do Sul desenhado entre vários municípios na região do Vale do Paraíba que a partir dele se desenvolveram e vem assistindo sua constante degradação, pela poluição acentuada advinda dos despejos e dejetos de indústrias, química agrícola, esgotos não tratados e assoreamento pela extração de portos de areia, mas é dele que dependem ainda várias atividades agroindustriais, municipais e de serviços das cidades em seu entorno. Iniciativas válidas existentes como Comitê de Bacias Hidrográficas do Paraíba do Sul e Ongs diversas, não são suficientes para abarcar a demanda sendo necessário cada vez mais de iniciativas e ações que minimizem o impacto ao rio e seus efluentes.

Faz-se urgente que surjam cada vez mais, propostas e projetos em parcerias com o poder público que tenham por objetivo atuar na redução do impacto causado junto aos recursos hídricos, no caso efluentes e o próprio Rio Paraíba.

As Ongs representando a sociedade civil, as empresas com apoio na responsabilidade socioambiental, as universidades com metodologias científicas, a rede de ensino municipal e estadual, os conselhos consultivos municipais tem importante papel no protagonismo dessas iniciativas de proposituras, como por exemplo na implementação cada vez mais de educação ambiental e implantação de Tecnologias Sociais ajudam a minimizar impactos.

Um exemplo de Tecnologia Social é a implantação de biodigestores ecológicos para tratamento de esgoto doméstico nas áreas rurais; Ensino de confecção de sabão ecológico, com a reutilização do óleo vegetal coibindo a emissão de um dos principais poluentes despejado em ralos de pias contaminando significativamente a água. São insolúveis em água, porém são solúveis com solventes orgânicos. Um dos problemas causados pelo óleo que vai para os lixões ou aquele que vem junto com a água dos rios é que se acumula em suas margens, em ambos os casos, impermeabiliza o solo impede que a água se infiltre, consequentemente que plantas nasçam nas margens, acelerando o assoreamento, agravando o problema das enchentes.

A poluição pelo óleo faz encarecer o tratamento da água (até 45%), agravando o efeito estufa, já que o contato da água poluída pelo óleo ao desembocar no mar gera uma reação química que libera gás metano.

Nunca se falou tanto sobre a questão, entretanto, não é o suficiente para que haja mudanças no cotidiano, já não basta apenas economizar o uso da água, fechar torneiras, agilizar banhos, há que se tornar sujeito engajado de fato, se informar das medidas adotadas pelo município, saber quem é o secretariado municipal, de Meio Ambiente, de Obras públicas, participar dos Conselhos Municipais (mesmo consultivos, são muito importantes para pedirem leis e fiscaliza-las), cobrar a Câmara Municipal no seu papel, se interessar muito pelas tarefas escolares de seus filhos sobre as temáticas ambientais, participar de ações nos bairros educativas ou interventivas, ingressar como membro em Ongs que atuam nas causas ambientais.

A luta cotidiana pela sobrevivência e pela melhoria da qualidade de vida precisa despertar em cada indivíduo o sentido de “pertencimento”, participação e responsabilidade na busca de respostas locais e globais que a temática do desenvolvimento sustentável nos propõe.

O Rotary Club Internacional tem como duas das sete áreas de enfoque, ações mundiais em projetos voltados à Agua/Saneamento e ao Meio Ambiente. Em parceria com empresas e sociedade, tem realizado importantes trabalhos no mundo e no Brasil. Os exemplos de algumas das Tecnologias Sociais apontadas acima, foram realizadas em parceria com Rotary Club em Taubaté. Avalie e reavalie seu momento como cidadão do mundo e engaje-se. Talvez seja a sua hora de nos conhecer e juntos, iniciarmos bons projetos. Talvez seja a hora de sua empresa assumir responsabilidade socioambiental. Somos todos vizinhos na grande casa Terra.

Autora: Maria Lucia Firmino de Oliveira Carvalho
Assistente Social professora Universitária aposentada
Mestre em Ciências Ambientais

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Rodrigo Ronconi dos Santos Abrahão de Barros
Diretor de Imagem Pública do Rotary Club de Taubaté
rotaryclubdetaubate@hotmail.com